{"title":"Ampliando o olhar para a população LGBT em um grupo de discussão com trabalhadores de saúde","authors":"Marcelen Palu Longhi","doi":"10.52753/bis.2018.v19.34604","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente estudo trata-se de uma pesquisa-ação realizada com trabalhadores de saúde de um ambulatório médico de especialidade sobre o acolhimento a população LGBT. Apesar de avanços como a criação da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, população LGBT, há práticas discriminatórias nos serviços de saúde. O objetivo deste artigo é analisar as discussões realizadas nestes grupos e seus possíveis desdobramentos nas práticas saúde. Também convidamos usuários que utilizam nome social para uma conversa, na qual foram apontadas experiências que revelaram a discriminação social e familiar que sofrem e a dificuldade de acesso ao processo transexualizador. A discussão com os trabalhadores apresentou muitas potencialidades para ampliação do olhar acerca da população LGBT e gerou desdobramentos, como a apropriação do histórico de preconceitos, lutas e conquistas dos LGBT pelos trabalhadores de saúde, reflexões sobre a vulnerabilidade deste grupo e reorganizações no processo de trabalho. Foram observadas algumas fragilidades e sentimentos homofóbicos ligados a concepções culturais e religiosas que afetavam a atuação profissional desses trabalhadores. As discussões possibilitaram a reflexão sobre a necessidade ampliação do olhar à população LGBT, fomentando a construção de um atendimento em saúde que garanta seus direitos.","PeriodicalId":279969,"journal":{"name":"BIS. Boletim do Instituto de Saúde","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"BIS. Boletim do Instituto de Saúde","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.52753/bis.2018.v19.34604","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente estudo trata-se de uma pesquisa-ação realizada com trabalhadores de saúde de um ambulatório médico de especialidade sobre o acolhimento a população LGBT. Apesar de avanços como a criação da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, população LGBT, há práticas discriminatórias nos serviços de saúde. O objetivo deste artigo é analisar as discussões realizadas nestes grupos e seus possíveis desdobramentos nas práticas saúde. Também convidamos usuários que utilizam nome social para uma conversa, na qual foram apontadas experiências que revelaram a discriminação social e familiar que sofrem e a dificuldade de acesso ao processo transexualizador. A discussão com os trabalhadores apresentou muitas potencialidades para ampliação do olhar acerca da população LGBT e gerou desdobramentos, como a apropriação do histórico de preconceitos, lutas e conquistas dos LGBT pelos trabalhadores de saúde, reflexões sobre a vulnerabilidade deste grupo e reorganizações no processo de trabalho. Foram observadas algumas fragilidades e sentimentos homofóbicos ligados a concepções culturais e religiosas que afetavam a atuação profissional desses trabalhadores. As discussões possibilitaram a reflexão sobre a necessidade ampliação do olhar à população LGBT, fomentando a construção de um atendimento em saúde que garanta seus direitos.