Ligia Kochhan de Fraga, M. A. Perondi, Alessandra Matte, Wilson Itamar Godoy
{"title":"REGIMES ALIMENTARES E O DELINEAMENTO DA INSEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL: RESISTÊNCIAS E CONTRAMOVIMENTOS","authors":"Ligia Kochhan de Fraga, M. A. Perondi, Alessandra Matte, Wilson Itamar Godoy","doi":"10.22295/grifos.v32i60.7325","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Sob a perspectiva ideológica neoliberal da globalização e do Estado mínimo, a alimentação, o mercado de terras e as empresas agroalimentares têm sido compreendidas meramente como instrumentos financeiros, impactando negativamente sobre a sustentabilidade do sistema agroalimentar, e consequentemente sobre o meio ambiente e saúde da população, que tem acesso à uma alimentação cada vez mais restrita e monótona. Desde 1870 sucessivos regimes alimentares, intervalando hegemonia britânica e norte americana, vêm definindo os padrões de produção e consumo de alimentos para todo o mundo, ou, ao menos, padrões dominantes. Logo, a interação simultânea entre as pandemias de obesidade, desnutrição e mudanças climáticas evidenciam as principais consequências da defasagem da Segurança Alimentar e Nutricional - SAN percebida globalmente. As redes alimentares alternativas apresentam-se neste contexto como contramovimentos ao modelo de produção e consumo hegemônico. Por fim, a abordagem de diversificação dos meios de vida demonstra-se essencial no desdobramento de estudos acerca do mundo rural, uma vez que a capacidade de diversificação econômica e empreendedora presente na agricultura familiar apresentam amplo potencial de contribuição na compreensão do desenvolvimento rural e regional como um todo.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Grifos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22295/grifos.v32i60.7325","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Sob a perspectiva ideológica neoliberal da globalização e do Estado mínimo, a alimentação, o mercado de terras e as empresas agroalimentares têm sido compreendidas meramente como instrumentos financeiros, impactando negativamente sobre a sustentabilidade do sistema agroalimentar, e consequentemente sobre o meio ambiente e saúde da população, que tem acesso à uma alimentação cada vez mais restrita e monótona. Desde 1870 sucessivos regimes alimentares, intervalando hegemonia britânica e norte americana, vêm definindo os padrões de produção e consumo de alimentos para todo o mundo, ou, ao menos, padrões dominantes. Logo, a interação simultânea entre as pandemias de obesidade, desnutrição e mudanças climáticas evidenciam as principais consequências da defasagem da Segurança Alimentar e Nutricional - SAN percebida globalmente. As redes alimentares alternativas apresentam-se neste contexto como contramovimentos ao modelo de produção e consumo hegemônico. Por fim, a abordagem de diversificação dos meios de vida demonstra-se essencial no desdobramento de estudos acerca do mundo rural, uma vez que a capacidade de diversificação econômica e empreendedora presente na agricultura familiar apresentam amplo potencial de contribuição na compreensão do desenvolvimento rural e regional como um todo.