{"title":"A ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA EM ESPAÇOS RURAIS: UMA ABORDAGEM GEOGRÁFICA SOBRE OS APANHADORES DE CAFÉ NA MESORREGIÃO SUL/SUDOESTE DE MINAS","authors":"G. Raimundo, Ana Rute do Vale","doi":"10.55028/agb-tl.v1i34.14952","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"De acordo com dados da Secretaria do Trabalho, entre 2013 e 2019, foram resgatados 361 apanhadores de café escravizados no Sul/Sudoeste de Minas. As principais medidas estabelecidas pelo Estado para enfrentar esse crime se baseiam apenas na inclusão dos nomes de escravizadores na lista suja do trabalho escravo e na obrigatoriedade de pagamentos de multas e demais débitos trabalhistas às vítimas. Nesse sentido, o presente artigo buscou evidenciar a dinâmica socioeconômica na cafeicultura da mesorregião Sul/Sudoeste de Minas, as incidências do trabalho escravo contemporâneo nesse setor empregatício na região e as principais medidas tomadas pelo Estado no combate a esse grave problema socioeconômico. Os resultados mostraram que existem muitos retrocessos, que contraditoriamente vem sendo implementados pelo próprio Estado, como o corte de verbas no Ministério de Trabalho, que prejudica diretamente a atuação de auditores fiscais e a Reforma Trabalhista sancionada em 2017, que alterou a Consolidação das Leis de Trabalho, banalizando o que a própria legislação brasileira determina como trabalho escravo. \nPALAVRAS – CHAVE: geografia agrária; trabalho escravo; cafeicultura; Minas Gerais; agronegócio.","PeriodicalId":402264,"journal":{"name":"Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Três Lagoas - (ISSN 1808-2653)","volume":"190 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Três Lagoas - (ISSN 1808-2653)","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55028/agb-tl.v1i34.14952","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
De acordo com dados da Secretaria do Trabalho, entre 2013 e 2019, foram resgatados 361 apanhadores de café escravizados no Sul/Sudoeste de Minas. As principais medidas estabelecidas pelo Estado para enfrentar esse crime se baseiam apenas na inclusão dos nomes de escravizadores na lista suja do trabalho escravo e na obrigatoriedade de pagamentos de multas e demais débitos trabalhistas às vítimas. Nesse sentido, o presente artigo buscou evidenciar a dinâmica socioeconômica na cafeicultura da mesorregião Sul/Sudoeste de Minas, as incidências do trabalho escravo contemporâneo nesse setor empregatício na região e as principais medidas tomadas pelo Estado no combate a esse grave problema socioeconômico. Os resultados mostraram que existem muitos retrocessos, que contraditoriamente vem sendo implementados pelo próprio Estado, como o corte de verbas no Ministério de Trabalho, que prejudica diretamente a atuação de auditores fiscais e a Reforma Trabalhista sancionada em 2017, que alterou a Consolidação das Leis de Trabalho, banalizando o que a própria legislação brasileira determina como trabalho escravo.
PALAVRAS – CHAVE: geografia agrária; trabalho escravo; cafeicultura; Minas Gerais; agronegócio.