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Abstract
O presente trabalho tem por objetivo apresentar a questão das conhecenças (desobriga da quaresma)como um ponto de partida para se entender o contexto dos acontecimentos sociais da capitania mineira apartir da ótica dos assuntos pertencentes à Igreja, sua administração e poderes diante da população dessaregião. Em vista disso, os temas referentes ao debate em torno da legalidade ou não das conhecenças, etambém em torno da exorbitância na sua cobrança, podem nos levar a uma análise de cunho jurisdicionalrelacionado à política de padroado e às relações entre a Igreja mineira e a Coroa portuguesa, podendo,assim, nos prover de meios para compreender os acontecimentos que circundaram a InconfidênciaMineira a partir de uma outra ótica social: a das relações entre os civis e a Igreja mineira. Esses debates eembates traçados por esses agentes sociais podem fornecer aparato para se discutir, por exemplo, aquestão da aplicabilidade dos discursos de “decadência das Minas” e da “cobiça dos eclesiásticos” pelosPovos das Minas em comparação com questões econômicas e sociais das diferentes regiões da capitania.Pretende-se, a partir dos argumentos elaborados pelos Povos de Minas, por meio de representações epetições mediadas pelas câmaras e pelo procurador dos povos, compreender algumas questões voltadas aocorpo eclesiástico do bispado de Mariana e suas relações com a comunidade mineira.