Em foco a galeria dos condenados da casa de correção: diferentes modos de ver

Abstract

Numa das oficinas da Casa de Correcao do Rio de Janeiro, criada em 1850, um dos apenados transforma prisioneiros em modelos peculiares. Os retratos que marcaram a utilizacao pioneira no Brasil da fotografia como instrumento de identificacao criminal, compoem os albuns da Colecao Dona Theresa Christina- Sessao de Manuscritos da Biblioteca Nacional. O experimento fotografico, coordenado pelo medico Luis Vianna de Almeida Valle, diretor da prisao, emerge articulado a um projeto de classificacao antropologica das fichas medico psicologicas com informacoes sobre a personalidade e hereditariedade dos prisioneiros. Ilumino do conjunto escravos prisioneiros identificados por suas procedencias. De imagem de prisioneiros a mostra tecnologica, exibida na Exposicao Internacional de 1876 na Filadelfia, constitui-se na atualidade em arquivo historico e, como tal, materialidade de uma pesquisa que estuda a prisao como lugar da punicao na cidade do Rio de Janeiro.