Felipe Leonardo Rigo, Andréia Resende dos Reis, Cassidy Tavares Silva, Carolina Henriques Gomes Miranda
{"title":"MUDANÇAS NOS HÁBITOS DE SAÚDE EM TRABALHADORES DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19","authors":"Felipe Leonardo Rigo, Andréia Resende dos Reis, Cassidy Tavares Silva, Carolina Henriques Gomes Miranda","doi":"10.21450/rahis.v18i4.7205","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: O hábito de consumir bebidas alcoólicas está associado a questões socioculturais. O cenário em virtude da pandemia pela COVID-19 tem sido associada ao aumento do consumo de bebidas alcoólicas na população geral e estudos começam a refletir quais seriam os possíveis efeitos do álcool na saúde física e mental durante a pandemia e a longo prazo. OBJETIVO: Avaliar o padrão de consumo do álcool entre os profissionais de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo, e realizado em um hospital público em Belo Horizonte e referência no atendimento da COVID-19 no estado de Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada entre os meses de agosto a novembro de 2020. Para a coleta dos dados utilizou-se dois instrumentos, sendo o primeiro referente a questões do perfil sociodemográfico e ocupacional dos trabalhadores. Já o segundo instrumento foi o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Estudo aprovado pelo Parecer nº 4.177.387. RESULTADOS: Entrevistados 129 profissionais de saúde, sendo 83,5% mulheres, com idade entre 30 e 49 anos (80,2%), casadas (58,1%), professavam uma religião (90,7%), pós-graduação (39%), alocadas no centro de terapia intensiva (34,4%) e carga horária maior que 44 horas (42%). O consumo de álcool foi de 59,7% entre os participantes e a cerveja foi a bebida a mais consumida (50%) seguida do vinho (21%). Entre os que começaram a beber após a pandemia houve aumento do consumo (11,5%). As principais razões para o uso de bebidas alcoólicas foram relaxar (32%) e lazer (30%). A frequência de consumo de bebidas alcoólicas (2 a 4 vezes por mês) foi de 53,6%. Na pontuação do AUDIT, o consumo de risco foi mais frequente entre os profissionais que possui familiares com o hábito de consumir álcool (p<0,005) e nos que bebiam anteriormente a pandemia (p<0,001). CONCLUSÃO: O consumo de álcool é frequente entre os profissionais de saúde e houve aumento da ingestão de álcool devido ao cenário da pandemia pelo COVID-19. Atividades educativas que visam mudanças de comportamento de saúde são essenciais para promoção de hábitos saudáveis entre os profissionais de saúde. \n \nPalavras-chave: Consumo de Bebidas Alcoólicas; Pandemia; Pessoal de Saúde.","PeriodicalId":439172,"journal":{"name":"RAHIS- Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"RAHIS- Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21450/rahis.v18i4.7205","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
INTRODUÇÃO: O hábito de consumir bebidas alcoólicas está associado a questões socioculturais. O cenário em virtude da pandemia pela COVID-19 tem sido associada ao aumento do consumo de bebidas alcoólicas na população geral e estudos começam a refletir quais seriam os possíveis efeitos do álcool na saúde física e mental durante a pandemia e a longo prazo. OBJETIVO: Avaliar o padrão de consumo do álcool entre os profissionais de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo, e realizado em um hospital público em Belo Horizonte e referência no atendimento da COVID-19 no estado de Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada entre os meses de agosto a novembro de 2020. Para a coleta dos dados utilizou-se dois instrumentos, sendo o primeiro referente a questões do perfil sociodemográfico e ocupacional dos trabalhadores. Já o segundo instrumento foi o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Estudo aprovado pelo Parecer nº 4.177.387. RESULTADOS: Entrevistados 129 profissionais de saúde, sendo 83,5% mulheres, com idade entre 30 e 49 anos (80,2%), casadas (58,1%), professavam uma religião (90,7%), pós-graduação (39%), alocadas no centro de terapia intensiva (34,4%) e carga horária maior que 44 horas (42%). O consumo de álcool foi de 59,7% entre os participantes e a cerveja foi a bebida a mais consumida (50%) seguida do vinho (21%). Entre os que começaram a beber após a pandemia houve aumento do consumo (11,5%). As principais razões para o uso de bebidas alcoólicas foram relaxar (32%) e lazer (30%). A frequência de consumo de bebidas alcoólicas (2 a 4 vezes por mês) foi de 53,6%. Na pontuação do AUDIT, o consumo de risco foi mais frequente entre os profissionais que possui familiares com o hábito de consumir álcool (p<0,005) e nos que bebiam anteriormente a pandemia (p<0,001). CONCLUSÃO: O consumo de álcool é frequente entre os profissionais de saúde e houve aumento da ingestão de álcool devido ao cenário da pandemia pelo COVID-19. Atividades educativas que visam mudanças de comportamento de saúde são essenciais para promoção de hábitos saudáveis entre os profissionais de saúde.
Palavras-chave: Consumo de Bebidas Alcoólicas; Pandemia; Pessoal de Saúde.