Maurício De Oliveira Tavares, Marina Rigotti, Wesley Renosto Lopes, Lucas Dornelles dos Reis, Fernando Joel Scariott, Sérgio Echeverrigaray, Ana Paula Longaray Delamare, Mirian Salvador
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Abstract
A doença periodontal (DP) é consequência da atividade bacteriana e deposição de cálculo dentário, causando danos teciduais e processo inflamatório na cavidade oral. É uma enfermidade que atinge mais de 80% dos cães adultos e comumente está ligada ao aparecimento de doenças sistêmicas. A análise do estresse oxidativo sérico gerado na doença periodontal pode ser um biomarcador de lesão tecidual e agravamento da enfermidade. Este trabalho teve como objetivo a quantificação da peroxidação lipídica (TBARS) e da capacidade antioxidante total (TEAC) sérica de cães com periodontite. Os testes foram realizados em um grupo de cães saudáveis (n = 9) e um grupo de cães com DP severa (n = 8). Após a realização dos ensaios de metabolismo redox nos cães com DP, estes animais passaram por procedimento cirúrgico, remoção de cálculo dentário e medicação pós-cirúrgica de 10 dias, que incluía antibioticoterapia com amoxicilina e clavulanato de potássio e meloxicam como medicação anti-inflamatória. Após 30 dias da cirurgia, os animais foram novamente avaliados. Os resultados mostraram que houve um aumento significativo da peroxidação lipídica (43,81%) e uma diminuição da capacidade antioxidante total (8%) nos cães com DP. Após o tratamento, não houve redução dos níveis de estresse oxidativo, mas observou-se um aumento (8%) da capacidade antioxidante total. Estes dados colaboram para o melhor entendimento do metabolismo redox decorrente dos processos infecciosos e inflamatórios característicos da DP. O estudo demonstrou que o estresse oxidativo está presente na doença periodontal em cães, e apesar da não redução do dano oxidativo em 30 dias, a capacidade antioxidante total sérica, que estava diminuída, foi restaurada.