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Abstract
Este artigo é uma fabulação com e sobre a Geografia Escolar. Produto de pensares e quereres das experiências com estudos e práticas desta Geografia, é embasado por uma tradução, hibridação, descolamentos que seus autores engendram da Estética do absurdo – o absurdismo – de Albert Camus. Nos inspiramos no Mito de Sísifo para defender a incorporação do absurdo na escola, o que nos autorizou a compor operações do incontrolável, do que não se pode banir do currículo, numa tensão insuperável, do rolar incessante de uma pedra-currículo. Valendo-nos das contribuições de Judith Butler, imaginamos um currículo sem amanhã, tensionado pela precariedade marcada pelo absurdo. Provocados por Larrosa, Deleuze e Guattari argumentamos pela defesa do currículo incontrolável, valorizando a experiência, aberta ao sensível e que potencializa devires. Nesse trajeto, refletiremos o Campo Curricular e a Geografia Escolar, focalizando na Base Nacional Comum (BNCC) para pautar seus movimentos de afirmação de univocidade curricular; e ficcionar Sísifo, em um passeio de volta para o futuro, elogiando e fabulando a Geografia no currículo escolar.