Antônio Augusto Gomes Batista, Gabriela Thomazinho, P. Kasmirski, Hivy Damásio Araújo Mello, Fernando Guarnieri
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Abstract
Este artigo analisa como se dão as trocas de escola por alunos do Ensino Fundamental da rede municipal de São Paulo, a fim de dimensionar as relações de interdependência competitiva entre escolas — compreendidas como as trocas que realizam entre si de alunos originalmente nelas matriculadas. Dados de matrícula para os anos entre 2008 e 2013 foram submetidos a três procedimentos de análise: o exame de taxas de rotatividade de alunos; a estimação da probabilidade de discentes saírem de uma escola e irem para outra por meio de painel dinâmico; e a exploração de redes sociais de escolas, por meio de modelos de Poisson. Os resultados mostram que não se identificam, na escala intrarrede, relações de interdependência competitiva, e que a setorização da matrícula, em um contexto marcado pelas desigualdades socioespaciais, como o de São Paulo, pode estar acentuando a segregação escolar ao concentrar em suas unidades populações com características sociodemográficas que tendem à homogeneidade, uma vez que alunos que moram em regiões mais vulneráveis acabam por estudar em escolas localizadas em áreas também mais vulneráveis.