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Abstract
Este trabalho apresenta resultados de pesquisa que focaliza o uso do gênero e das emoções na retórica dos movimentos de resistência às Ditaduras nos países do Cone Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) a partir de uma perspectiva da História Cruzada. Nas entrevistas realizadas na pesquisa, bem como outras fontes como periódicos, autobiografias e memórias, depoimentos a comissões, entre outras, buscamos relatos sobre o corpo das e dos militantes políticos, usados nas imagens narradas para efetivar uma experiência partilhada com o/a leitor/a. Essa experiência, segundo Raymond Williams (1985), seria um tipo particular de consciência, distinto de “razão” ou “conhecimento”, ou seja, um tipo de consciência na qual as emoções e afetos devem ser levados em conta. E, certamente, o gênero nos ajuda também a ver importantes aspectos de como homens e mulheres lidam, diferentemente ou não, com essas experiências. Para além da experiência, corporificada tanto naquele que narra seu corpo, como naquela pessoa que escuta e que experimenta de outra maneira, muitas vezes também corporificada em lágrimas, arrepios, risos, e outros gestos, essas narrativas também tem agência política.