A. Cabral, Lucas Artur Manchinery, Fábio Pereira Couto, Mariana Souza Samarra Manchineri
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Abstract
Este artigo trata de motivações semânticas para a distinção de gênero masculino/feminino em Manxineru (Yine), família Aruák. Argumentamos que gênero é um traço distintivo dos referentes dos nomes, semanticamente transparente, marcado por meio de sufixos em nomes relativos a estágios da vida dos humanos e em nomes de relações de parentesco, mas cristalizado na forma fonológica de outros nomes. Mostramos que o gênero de um referente aciona concordância obrigatória por meio de afixos pessoais nos nomes em relação de posse e nos predicados verbais e adjetivais intransitivos, de acordo com o gênero do sujeito, e no caso dos verbos transitivos, com o gênero do objeto. Concluímos que a atribuição de gênero nesta língua é moldada na cultura e que, em vários casos, trata-se de atribuição de natureza puramente metafórica.