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Abstract
A proposta geral deste artigo é analisar a sobrevivência transcultural do “gesto de desmunhecar” de São Sebastião, santo de origem cristã que há mais de 100 anos tem tido sua iconologia apropriada em contextos queer. Em termos mais específicos, o objetivo é investigar uma fórmula patética ou traço mnemônico que constela as figuras canônicas e contemporâneas de São Sebastião a uma ampla comunidade de imagens, de diferentes frações temporais e geográficas, nas quais pulsos e mãos também “desmunhecam”. Em primeiro lugar, se levanta o argumento de que o rastro queer da iconologia de São Sebastião não é refém das iconologias homoeróticas que se apropriaram de sua estética apolínea e de suas associações com os traumas culturais impingidos às populações de sexo/gênero divergentes. Em segundo lugar, propõe-se que o “páthos do desmunhecar” só vem a corroborar, através dos sentidos de fabulação e de resistência, com os rearranjos queer da iconologia canônica do santo.