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Abstract
A história social do trabalho produzida no Brasil tem passado por importantes transformações nos últimos anos. Uma das promessas dessa renovação historiográfica é a inclusão dos trabalhadores negros na história social do trabalho. Trata-se de uma questão que vem sendo enfatizada por diversos autores nos últimos anos e alguns têm ido além da mera defesa dessa concepção, denunciando e chamando a atenção, justamente, para como os trabalhadores negros – principalmente durante a vigência da escravidão – continuam excluídos da história do trabalho. Deste modo, o objetivo do artigo é rever as interpretações tradicionais que postulam uma separação radical entre a história da escravidão e da liberdade e a história do trabalho, de modo a relacionar a experiência dos trabalhadores negros (escravizados, libertos e livres) com a dos trabalhadores ditos “livres” durante as últimas décadas da escravidão e no pós-abolição. Por fim, o texto aponta o papel do associativismo negro nos mundos do trabalho e as possibilidades investigativas que essa experiência social pode colocar ao campo temático.