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Abstract
Ao refletir historicamente sobre o percurso da mulher é identificável sua naturalização situada no silêncio, nos detalhes quase que ocultos de uma retratação velada em que seu lugar de praxe está frequentemente destinado ao privado, que consiste na condição do lar, dedicandose aos cuidados dos filhos e aos afazeres domésticos. Onde o espaço público por um longo tempo, não se destinava a atuação das mulheres de forma visibilizada ao passo que a presença de registros que evidenciam a mulher no âmbito de uma política institucional, e no reconhecimento das articulações cotidianas desta enquanto responsável pela produção e manutenção da vida, garantindo o sustento familiar e em núcleos sociais sua manifestação em relação aos posicionamentos políticos, são muito escassos. Deste modo a filósofa e teóloga feminista Ivone Gebara, transcrita pelo recorte de Rago, em um dos depoimento presentes em seu livro A aventura de contar-se: feminismo, escrita de si e invenções da subjetividade, nos convida a observar uma outra ótica capaz de sinalizar uma vasta dimensão da presença e atuação política das mulheres no cotidiano por meio da partilha de suas habilidades ao dizer: