{"title":"SECURITIZAÇÃO, VIGILÂNCIA E TERRITORIALIZAÇÃO EM ESPAÇOS PÚBLICOS NA CIDADE NEOLIBERAL","authors":"R. Firmino","doi":"10.11606/ISSN.1984-4506.V15I1P23-35","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Alem do entusiasmo com as possibilidades de uma capacidade crescente para o controle central do ambiente urbano, justificadas pelo sonho de um urbanismo inteligente, a cidade tambem e composta de uma serie de praticas e sistemas tecnologicos dispersos. Estes formam uma rede fluida de dispositivos e sistemas que participam na formacao de uma camada territorial intangivel formada por apropriacoes efemeras do espaco, com varios niveis de interconexao, sistematizacao e complexidade. Ha um tipo de territorializacao informal e nao negociado—parte do que Zygmunt Bauman e David Lyon (2013) chamam de \"vigilância liquida”—isto e, fundamentalmente suportada pelas possibilidades de um controle mais inteligente sobre as acoes no espaco urbano, oferecidas por tecnologias cada vez menores e mais invisiveis. A constituicao de territorios geograficos na cidade e um processo sociotecnico que envolve uma sobreposicao de diferentes camadas fisicas, juridicas, culturais e tecnologicas interligadas. Um complexo arranjo de empresas e servicos de seguranca privada—e em muitos casos, individuos—e responsavel pelo monitoramento de espacos que deveriam ser publicos, livres de qualquer tipo de controle privado. Na logica das camadas territoriais, esta gestao privada dos espacos publicos pode ser vista como mais um revestimento na confeccao dos territorios urbanos.","PeriodicalId":414874,"journal":{"name":"Risco: Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2017-12-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"6","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Risco: Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/ISSN.1984-4506.V15I1P23-35","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Alem do entusiasmo com as possibilidades de uma capacidade crescente para o controle central do ambiente urbano, justificadas pelo sonho de um urbanismo inteligente, a cidade tambem e composta de uma serie de praticas e sistemas tecnologicos dispersos. Estes formam uma rede fluida de dispositivos e sistemas que participam na formacao de uma camada territorial intangivel formada por apropriacoes efemeras do espaco, com varios niveis de interconexao, sistematizacao e complexidade. Ha um tipo de territorializacao informal e nao negociado—parte do que Zygmunt Bauman e David Lyon (2013) chamam de "vigilância liquida”—isto e, fundamentalmente suportada pelas possibilidades de um controle mais inteligente sobre as acoes no espaco urbano, oferecidas por tecnologias cada vez menores e mais invisiveis. A constituicao de territorios geograficos na cidade e um processo sociotecnico que envolve uma sobreposicao de diferentes camadas fisicas, juridicas, culturais e tecnologicas interligadas. Um complexo arranjo de empresas e servicos de seguranca privada—e em muitos casos, individuos—e responsavel pelo monitoramento de espacos que deveriam ser publicos, livres de qualquer tipo de controle privado. Na logica das camadas territoriais, esta gestao privada dos espacos publicos pode ser vista como mais um revestimento na confeccao dos territorios urbanos.