"Ou a morte ou o livro": a escrita em Marguerite Duras

Tatiane de Souza França Rangel
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Abstract

Nas primeiras páginas de O Amante (1984), livro que trouxe à Marguerite Duras o Prix Goncourt do mesmo ano, uma frase se repete: “Deixe-me contar de novo”. A obra durassiana, como um todo, parece funcionar nesse movimento de maré: um (re)contar que passeia por diferentes tipos de representação, desde a página até as telas de cinema. Uma questão começa a se desenhar: por que seria preciso contar e recontar inúmeras vezes, mudando a forma narrativa, mudando o aparato representativo, facetas de uma mesma – ou de várias mesmas – histórias? O que seria escrever para uma autora que, ao ensaiar sobre a escrita, diz que ao se achar no fundo de um buraco, numa solidão quase total, se descobre que só a escrita pode nos salvar? É no encalço dessas interrogações que o presente artigo se desenrola. No encontro entre duas obras, O amante (1984) e Agatha (1981), busca-se pensar no que essa escrita, única salvadora, representa, e na relação que ela configura com o corpo de quem escreve quando se acha, só, no fundo de um buraco.
《要么死亡,要么书》:玛格丽特·杜拉斯的作品
玛格丽特·杜拉斯(Marguerite Duras)获得了同年的龚古尔文学奖(Prix Goncourt),《情人》(the Amante, 1984)的扉页上重复了一句:“让我再告诉你一遍。”杜拉西亚的作品,作为一个整体,似乎在这种潮流的运动中发挥作用:一种(再)计数,通过不同类型的表现,从书页到电影屏幕。一个问题开始出现:为什么有必要一遍又一遍地重复,改变叙事形式,改变代表机构,同一个或几个相同故事的各个方面?如果一个作家在排练写作时说,当他发现自己在一个洞的底部,在几乎完全的孤独中,他发现只有写作才能拯救我们,那么写作会是什么样子呢?这篇文章正是针对这些问题展开的。在《情人》(1984)和《阿加莎》(1981)这两部作品的相遇中,我们试图思考这篇作品,唯一的救世主,代表了什么,以及它与写作的人的身体建立的关系,当他们发现自己独自在一个洞的底部。
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