{"title":"Pode a rádio dar mundo às crianças? O caso da Zig Zag, uma rádio para o público infantil","authors":"Marisa Mourão, Sara Pereira","doi":"10.15847/obsobs17120232254","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A programação dirigida a crianças foi uma tradição da rádio praticamente desde o seu início, em vários países, mesmo em Portugal. Esta realidade sofreu, porém, mudanças significativas. Perante um público economicamente menos atraente, a lógica comercial acabou por prevalecer e esta oferta foi desaparecendo, inclusive no serviço público (Meneses, 2010). O ambiente digital trouxe, todavia, novas oportunidades e a emergência de rádios para crianças na internet tornou-se um fenómeno com sinais de expansão (Barbeito Veloso & Perona Páez, 2018). Em Portugal, no setor público, surge, em 2016, a rádio ZigZag, objeto deste artigo. Com base na análise da programação e em entrevistas aos profissionais associados a este projeto, pretende-se conhecer como se produz e mantém uma rádio para crianças e que mundo(s) pode proporcionar a este público. Baseada nos principais pilares do serviço público, a rádio ZigZag aposta na diversidade de programas, tendo sido toda a sua programação construída de raiz pela pequena e multidisciplinar equipa que lhe dá suporte, num processo que teve por base o Contrato de Concessão do Serviço Público de Televisão e Rádio e a escuta do seu público-alvo e daqueles que o rodeiam. Com uma emissão 24 horas, apesar de não ser em direto, e com a aposta também no on demand, a emissora procura conciliar o divertimento e a educação/formação, dando mais mundo às crianças.","PeriodicalId":149155,"journal":{"name":"Observatorio (OBS*)","volume":"100 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Observatorio (OBS*)","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15847/obsobs17120232254","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A programação dirigida a crianças foi uma tradição da rádio praticamente desde o seu início, em vários países, mesmo em Portugal. Esta realidade sofreu, porém, mudanças significativas. Perante um público economicamente menos atraente, a lógica comercial acabou por prevalecer e esta oferta foi desaparecendo, inclusive no serviço público (Meneses, 2010). O ambiente digital trouxe, todavia, novas oportunidades e a emergência de rádios para crianças na internet tornou-se um fenómeno com sinais de expansão (Barbeito Veloso & Perona Páez, 2018). Em Portugal, no setor público, surge, em 2016, a rádio ZigZag, objeto deste artigo. Com base na análise da programação e em entrevistas aos profissionais associados a este projeto, pretende-se conhecer como se produz e mantém uma rádio para crianças e que mundo(s) pode proporcionar a este público. Baseada nos principais pilares do serviço público, a rádio ZigZag aposta na diversidade de programas, tendo sido toda a sua programação construída de raiz pela pequena e multidisciplinar equipa que lhe dá suporte, num processo que teve por base o Contrato de Concessão do Serviço Público de Televisão e Rádio e a escuta do seu público-alvo e daqueles que o rodeiam. Com uma emissão 24 horas, apesar de não ser em direto, e com a aposta também no on demand, a emissora procura conciliar o divertimento e a educação/formação, dando mais mundo às crianças.