{"title":"NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIA","authors":"Aline Lúcia Nogueira Medeiros","doi":"10.5380/geografar.v16i2.78154","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O que o corpo sente ecoa na paisagem ou o corpo sente o que a paisagem vibra. Duas maneiras de dizer logo o mesmo, pois a ligação corpo e mundo é uma via de duas mãos. Desde a areia, vislumbramos suas cadências. Sentimos seu marulhar. Transpomos aqui em letra-palavra-frase-parágrafo-texto absorções dessa interação visceral corpo-mar que acontece na praia. A praia, aqui, é boca de um mar com fome. O corpo é carne sensível e consciência de mundo, vivo no presente dessa interação. Eclipsado em adentrares viscerais que transbordam paisagem sublime: mar. O sublime que, longe de se ligar a um delírio, explode no desgaste da pele e dos olhos de quem vive praia e mar, sol a sol, numa interação cotidiana; nos saberes desses povos mesmos que lutam pela permanência hoje nos seus lugares ancestrais. Relato aqui um dos seus eclipses transbordantes.","PeriodicalId":114452,"journal":{"name":"REVISTA GEOGRAFAR","volume":"91 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REVISTA GEOGRAFAR","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/geografar.v16i2.78154","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O que o corpo sente ecoa na paisagem ou o corpo sente o que a paisagem vibra. Duas maneiras de dizer logo o mesmo, pois a ligação corpo e mundo é uma via de duas mãos. Desde a areia, vislumbramos suas cadências. Sentimos seu marulhar. Transpomos aqui em letra-palavra-frase-parágrafo-texto absorções dessa interação visceral corpo-mar que acontece na praia. A praia, aqui, é boca de um mar com fome. O corpo é carne sensível e consciência de mundo, vivo no presente dessa interação. Eclipsado em adentrares viscerais que transbordam paisagem sublime: mar. O sublime que, longe de se ligar a um delírio, explode no desgaste da pele e dos olhos de quem vive praia e mar, sol a sol, numa interação cotidiana; nos saberes desses povos mesmos que lutam pela permanência hoje nos seus lugares ancestrais. Relato aqui um dos seus eclipses transbordantes.