Ana Maria Azevedo De Oliveira, Dina Maria Martins Ferreira, Ingrid Xavier Dos Santos, Isabela Feitosa Lima Garcia
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Abstract
O presente trabalho objetiva analisar a mulher negra considerando o cenário social brasileiro, via literatura, cujo gênero discursivo pode provocar intervenções na maneira como determinado grupo é apresentado no meio social e representado discursivamente, ou seja, grupos pertencentes a minorias marginalizadas ‒ população negra, indígenas, mulheres, pessoas com deficiências, assalariados, classe pobre, etc. Analisamos o conto Maria de Conceição Evaristo na obra Olhos d’água (2016), uma espécie de registro social feito por quem vivenciou situações semelhantes, seja na própria pele, seja no grupo de convivência, pois oferece um panorama sobre a forma como são perpetuadas, no discurso, as visões estereotipadas da sociedade em relação às pessoas que vivem na periferia das cidades e lutam diariamente para romper as barreiras da fome, da miséria, bem como as atitudinais que estão incrementadas por olhares preconceituosos. Para a constituição da análise abordamos as categorias léxico (ABBADE, 2016, BIDERMAN, 2001, GAMA; QUEIROZ, 2012), avaliatividade (VIANA JR., 2009, MARTIN; WHITE, 2005) e representação discursiva direcionada à constituição da identidade e da diferença (HALL, 2006, GIDDENS, 2002, SILVA, 2012), que inferem e constroem o engessamento representacional da mulher negra, sem chance a um outro lugar.