{"title":"Vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos lineares da bacia hidrográfica do rio dos Cachorros, Amazônia Oriental","authors":"M. Fushimi, Delony de Queiroz Ribeiro, J. Nunes","doi":"10.11606/eissn.2236-2878.rdg.2022.193453","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo do presente artigo foi analisar as inter-relações dos elementos naturais (solo, relevo, cobertura vegetal e clinografia) e sociais (usos da terra) que definem níveis de vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos lineares (sulcos, ravinas e voçorocas) da bacia hidrográfica do rio dos Cachorros, Amazônia Oriental. Em ambiente de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), as variáveis solo, relevo, clinografia, uso da terra e cobertura vegetal, assim como os níveis de vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos lineares foram espacializados em mapeamentos, no qual as informações foram reambuladas a partir de trabalhos de campo realizados nos períodos chuvosos e de estiagem. Os resultados mostraram três classes (níveis) de vulnerabilidade ambiental, sendo baixa, média e alta. Nos setores de baixa vulnerabilidade ambiental e meio morfodinâmico estável (8,17% da área total) não foram observadas feições erosivas lineares, com a presença de vegetação de manguezal. Nas áreas de média vulnerabilidade ambiental e meio morfodinâmico intergrade (44,67% da área total), diante da vegetação secundária e mista com diversas fisionomias e níveis de coberturas vegetais identificou-se sulcos. Nos ambientes de alta vulnerabilidade ambiental e meio morfodinâmico fortemente instável (47,16% da área total), os sulcos e as ravinas apresentam-se em avançado estágio de degradação em área urbanizada e área industrial. Cabe ressaltar que os usos da terra modificam intensamente as dinâmicas ambientais e, por conseguinte, influenciam diretamente os níveis de vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos lineares, tornando a vulnerabilidade diferencial e dinâmica, isto é, que altera-se ao longo do tempo histórico e em termos de padrões espaciais.","PeriodicalId":286398,"journal":{"name":"Geography Department University of Sao Paulo","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Geography Department University of Sao Paulo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/eissn.2236-2878.rdg.2022.193453","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo do presente artigo foi analisar as inter-relações dos elementos naturais (solo, relevo, cobertura vegetal e clinografia) e sociais (usos da terra) que definem níveis de vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos lineares (sulcos, ravinas e voçorocas) da bacia hidrográfica do rio dos Cachorros, Amazônia Oriental. Em ambiente de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), as variáveis solo, relevo, clinografia, uso da terra e cobertura vegetal, assim como os níveis de vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos lineares foram espacializados em mapeamentos, no qual as informações foram reambuladas a partir de trabalhos de campo realizados nos períodos chuvosos e de estiagem. Os resultados mostraram três classes (níveis) de vulnerabilidade ambiental, sendo baixa, média e alta. Nos setores de baixa vulnerabilidade ambiental e meio morfodinâmico estável (8,17% da área total) não foram observadas feições erosivas lineares, com a presença de vegetação de manguezal. Nas áreas de média vulnerabilidade ambiental e meio morfodinâmico intergrade (44,67% da área total), diante da vegetação secundária e mista com diversas fisionomias e níveis de coberturas vegetais identificou-se sulcos. Nos ambientes de alta vulnerabilidade ambiental e meio morfodinâmico fortemente instável (47,16% da área total), os sulcos e as ravinas apresentam-se em avançado estágio de degradação em área urbanizada e área industrial. Cabe ressaltar que os usos da terra modificam intensamente as dinâmicas ambientais e, por conseguinte, influenciam diretamente os níveis de vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos lineares, tornando a vulnerabilidade diferencial e dinâmica, isto é, que altera-se ao longo do tempo histórico e em termos de padrões espaciais.