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Abstract
Um dos objetivos deste artigo é analisar de forma comparada o contexto da adesão de África e América latina a um dos mais promissores programas que as Nações Unidos arquitetaram e concretizaram, alcançando um consenso mundial raramente visto. Nesse sentido procurei num primeiro instante desenhar a génese das atuais conquistas ambientais e bem assim uma análise crítica ao projeto de desenvolvimento capitalista que sempre desprezou a natureza e a Mãe Terra. Em segundo momento, estudei o modo como os dois blocos regionais África e América Latina se adaptaram e se posicionaram perante o programa da Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ficou evidente que a expertise e a trajetória da América Latina para com natureza conduziram ao reconhecer constitucionalmente os direitos da natureza. Enquanto África, e apesar de ser um continente sofrido pelas guerras, pobreza e a degradação e os conflitos ambientais (pela água no caso do Nilo e dos recursos naturais) demonstrou uma maturidade política e uma habilidade diplomático ambiental que lhe permitiu comunicar de forma unida e de uma única voz na defesa de seus interesses continentais. Assim a análise da Common African Position e da Agenda africana do desenvolvimento sustentável 2063, mostrou um rosto novo de uma África que procura resgatar o legado pan-africanista para um promissor renascimento. Por fim tentei averiguar e responder até que medida a Covid 19 tive e tem um impacto sobre as duas Agendas: a de 2030 e 2063.