Brenda Ferreira de Sousa, Andrea Rosa Mota, Aurioneide Novais Siquiera, Alcyjara Rego Costa, Ana Campina
{"title":"PROTOCOLO ANESTÉSICO PARA PENECTOMIA EM JABUTI (Chelonoidis carbonaria) – RELATO DE CASO","authors":"Brenda Ferreira de Sousa, Andrea Rosa Mota, Aurioneide Novais Siquiera, Alcyjara Rego Costa, Ana Campina","doi":"10.51161/clinvet2023/23022","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O prolapso peniano decorre de causas multifatoriais como, o tratamento preconizado para o prolapso peniano pode ocorrer tanto na forma conservadora como cirúrgica. O conhecimento a respeito do funcionamento morfofisiológico desses animais é crucial para escolha de um protocolo mais seguro, possibilitando a monitoração dos sistemas respiratório e cardíaco durante a sedação e ou anestesia geral. Objetivo: Relatar o protocolo anestésico utilizado em procedimento cirúrgico de penectomia em jabuti. Relato de caso: Um jabuti, macho de aproximadamente 3 anos de idade, pesando 3,2 kg, com carapaça de diâmetro 37 cm deu entrada no Hospital Veterinário “Francisco Edilberto Uchoa Lopes” – HVUUEMA com queixa de reincidiva de prolapso de pênis pela 2a vez. Na medicação préanestésica foi utilizado dexmedetomidina (20 μg/kg), cetamina (16 mg/kg) e morfina (0,3 mg/kg) por via intramuscular. Contudo o animal ainda mostrou se ainda resistente e foi aplicado uma segunda dose com cetamina (16mg/Kg) e midazolam (1 mg/kg). A indução anestésica foi realizada com propofol (4 mg/kg) e mantido sob anestesia geral inalatória com isofluorano. Para analgesia trans-cirúrgica, foi utilizado a técnica de epidural (Cc1Cc2), com Lidocaína 2% (0,1 mg/5cm). No pós-operatório foi utilizado Atipemazole (20 μg/kg), por via intramuscular, o jabuti foi internado para observação e controle de dor, com fluidoterapia na taxa de 5 ml/Kg/h, cloridrato de tramadol (5mg/kg) e meloxicam (0,1 mg/Kg). Discussão: A combinação de benzodiazepnicos, cetamina e opiodes, é frequentemente utilizada, a indução anestésica com propofol é preferível a indução com anestésicos inalatórios. A utilização de anestesia regional, como a peridural, mostra-se eficaz para procedimentos cirúrgicos como o de prolapsos de pênis, vagina e de reto. Conclusão: Para montar um protocolo seguro para sedação e anestesia de jabutis é necessário entendimento de sua morfofisiológia e farmacocinética dos fármacos. O aumento do atendimento dessas espécies na rotina veterinária promove oportunidade para pôr em prática tais conhecimentos, possibilitando a produção de discussões a respeito dos protocolos empregados e sua efetividade, com fim de embasar cada vez mais a anestesia nessas espécies.","PeriodicalId":105827,"journal":{"name":"Anais do III Congresso On-line Nacional de Clínica Veterinária de Pequenos Animais","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do III Congresso On-line Nacional de Clínica Veterinária de Pequenos Animais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/clinvet2023/23022","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução: O prolapso peniano decorre de causas multifatoriais como, o tratamento preconizado para o prolapso peniano pode ocorrer tanto na forma conservadora como cirúrgica. O conhecimento a respeito do funcionamento morfofisiológico desses animais é crucial para escolha de um protocolo mais seguro, possibilitando a monitoração dos sistemas respiratório e cardíaco durante a sedação e ou anestesia geral. Objetivo: Relatar o protocolo anestésico utilizado em procedimento cirúrgico de penectomia em jabuti. Relato de caso: Um jabuti, macho de aproximadamente 3 anos de idade, pesando 3,2 kg, com carapaça de diâmetro 37 cm deu entrada no Hospital Veterinário “Francisco Edilberto Uchoa Lopes” – HVUUEMA com queixa de reincidiva de prolapso de pênis pela 2a vez. Na medicação préanestésica foi utilizado dexmedetomidina (20 μg/kg), cetamina (16 mg/kg) e morfina (0,3 mg/kg) por via intramuscular. Contudo o animal ainda mostrou se ainda resistente e foi aplicado uma segunda dose com cetamina (16mg/Kg) e midazolam (1 mg/kg). A indução anestésica foi realizada com propofol (4 mg/kg) e mantido sob anestesia geral inalatória com isofluorano. Para analgesia trans-cirúrgica, foi utilizado a técnica de epidural (Cc1Cc2), com Lidocaína 2% (0,1 mg/5cm). No pós-operatório foi utilizado Atipemazole (20 μg/kg), por via intramuscular, o jabuti foi internado para observação e controle de dor, com fluidoterapia na taxa de 5 ml/Kg/h, cloridrato de tramadol (5mg/kg) e meloxicam (0,1 mg/Kg). Discussão: A combinação de benzodiazepnicos, cetamina e opiodes, é frequentemente utilizada, a indução anestésica com propofol é preferível a indução com anestésicos inalatórios. A utilização de anestesia regional, como a peridural, mostra-se eficaz para procedimentos cirúrgicos como o de prolapsos de pênis, vagina e de reto. Conclusão: Para montar um protocolo seguro para sedação e anestesia de jabutis é necessário entendimento de sua morfofisiológia e farmacocinética dos fármacos. O aumento do atendimento dessas espécies na rotina veterinária promove oportunidade para pôr em prática tais conhecimentos, possibilitando a produção de discussões a respeito dos protocolos empregados e sua efetividade, com fim de embasar cada vez mais a anestesia nessas espécies.