J. Faquim, L. Guerra, Leonardo Carnut, Celso Zilbovicius
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Abstract
Com a descoberta do novo agente do coronavírus em dezembro de 2019 na China, denominado SARS-CoV-2, a Covid-19 disseminou-se em inúmeros países e levou a Organização Mundial da Saúde – OMS a declarar a doença como uma pandemia. Assim, a Atenção Primária à Saúde – APS no Brasil, compreendida para além da porta de entrada dos usuários nos sistemas de saúde, representa um modelo assistencial de reorientação e organização de um sistema de saúde integrado com garantia de atenção que tem, nesse momento, um papel importante no enfrentamento da pandemia. A crise vivenciada pelo Brasil não é apenas sanitária, mas política, social e econômica, com a piora nas condições de vida da população, sobretudo, dos mais vulneráveis. Então, o esforço não é apenas para conter uma cadeia de transmissão do vírus e seus desdobramentos, mas deve ser também no campo econômico e social visando o fortalecimento de políticas públicas voltadas para o investimento em saúde pública, proteção da vida, redução das desigualdades sociais e reconstrução das bases éticas de convivência em tempos de necessária solidariedade social. É importante, assim, discutir o lugar da Atenção Primária à Saúde na pandemia tendo como referência os bastidores políticos e considerando que esta tem potencial capacidade de redução das iniquidades em saúde e deve, portanto, ser fortalecida e estruturada. Temáticas como financiamento do Sistema Único de Saúde – SUS, flexibilização das leis trabalhistas, ferramentas de proteção social, valorização e investimento na ciência e tecnologia precisam ocupar o centro das discussões com o foco na APS. Para contribuir com esse debate, o objetivo desta proposta foi promover uma webconferência com o tema: “Atenção Primária à Saúde: desvelando os bastidores políticos e o seu lugar na pandemia covid-19”.