Ana Couto de Melo, Paula D`Avila Sampaio Tolentino, Débora Cristiane Rocha Braga, Nathalia Lima Diniz, Gabriela Ramos do Amaral, Giuliane da Silva Dahmer, Lucas Moura Viana
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Abstract
INTRODUÇÃO: A síndrome da deiscência do canal semicircular superior (SDCSS) é rara e ocorre devido ao desgaste da camada óssea que recobre o canal semicircular superior. As principais manifestações são vertigem e nistagmo, que são desencadeados pela alteração de pressão intracraniana e exposição à ruídos intensos. RELATO DE CASO: Paciente G.L.M.P., 41 anos, sexo masculino, apresentou-se ao ambulatório queixando-se de dificuldade de compreensão das palavras e hipoacusia esquerda há seis meses. Relatava ainda zumbido bilateral. Negava vertigem ou desequilíbrio. Sem alterações otológicas ao exame físico. Sem relato familiar de disacusia e sem exposição a ruídos. Ao exame audiológico, os limiares estavam normais em orelha direita, com presença de disacusia condutiva leve à esquerda com gap aéreo-ósseo em 500 Hz e 1.000 Hz, apresentando reflexo estapediano, curva tipanométrica tipo A. A tomografia computadorizada (TC) evidenciou deiscência do canal semicircular superior bilateral. Afastado demais queixas de hipoacusia, estabeleceu-se o diagnóstico de SDCSS. O tratamento estabelecido na ocasião foi de orientações e acompanhamento semestral. CONCLUSÃO: O paciente apresenta manifestações clínicas e achados tomográficos da SDCSS, contudo, devido à grande variedade de sinais e sintomas esse diagnóstico diferencial nem sempre é cogitado. O tratamento, na maior parte dos casos, é de orientação e de conduta conservadora. Em casos mais raros, pode ser necessário a intervenção cirúrgica. Portanto, o conhecimento sobre essa patologia é relevante por impactar na qualidade de vida do paciente.