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Abstract
O texto trata do Pelourinho de Mariana, em Minas Gerais, no sudeste do Brasil, que foi construído por José Moreira de Mattos a partir de 1750, destruído em 1871 e reconstruído em 1981, segundo um projeto elaborado em 1938 por José Wasth Rodrigues a partir do auto de arrematação da obra, com algumas de suas partes remanescentes e novos elementos. É possível supor que a reconstrução do monumento resultou da tentativa de restaurar a configuração original de uma das principais praças construídas pelos portugueses na América do Sul, atuando contra as práticas de ocultação de certos aspectos da história no Brasil. Entretanto, a obra também pode ser lida como um índice peculiar de outros períodos antidemocráticos da história do país: o Estado Novo, entre 1937 e 1945, e a ditadura militar-civil vigente entre 1964 e 1985. E vista ainda como estímulo ao racismo vigente na sociedade brasileira.