{"title":"Governo, vigilância e transexualidades: limites (est)éticos e a (im)possibilidade de reconhecimento subjetivo-identitário","authors":"M. Silva","doi":"10.31560/2595-3206.2020.10.10504","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esse artigo tem como objetivo discutir as politicas de Reconhecimento (HONNETH, 2009) a partir de ideia de inimizade (MBEMBE, 2017). Tomo como ferramenta analitica os conceitos de governo, vigilância e transexualidade para lancar luzes sobre os modos de producao de diferenca e alteridade que sao agenciados no interior das politicas paradoxais de reconhecimento. Deste modo, defendo que as politicas reconhecimento operam a partir de racionalidade que, ao negar o Outro, efetiva sua existencia, mesmo que seja como estrategia de odio e ou anulacao. O Outro, reconhecido pelo odio, e o inimigo aquele cujas politicas de matabilidade visa eliminar, neste caso haveria uma ruptura no processo na inteligibilidade do processo de reconhecimento, tal como proposto por Honneth (2009), “situando” os corpo-subjetividades trans no campo das inimizades, paradoxalmente produz uma politica de reconhecimento dessas experiencias como aquilo que foge a categoria universal inventando, assim, a propria diferenca.","PeriodicalId":231671,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Estudos da Homocultura","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Estudos da Homocultura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31560/2595-3206.2020.10.10504","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Esse artigo tem como objetivo discutir as politicas de Reconhecimento (HONNETH, 2009) a partir de ideia de inimizade (MBEMBE, 2017). Tomo como ferramenta analitica os conceitos de governo, vigilância e transexualidade para lancar luzes sobre os modos de producao de diferenca e alteridade que sao agenciados no interior das politicas paradoxais de reconhecimento. Deste modo, defendo que as politicas reconhecimento operam a partir de racionalidade que, ao negar o Outro, efetiva sua existencia, mesmo que seja como estrategia de odio e ou anulacao. O Outro, reconhecido pelo odio, e o inimigo aquele cujas politicas de matabilidade visa eliminar, neste caso haveria uma ruptura no processo na inteligibilidade do processo de reconhecimento, tal como proposto por Honneth (2009), “situando” os corpo-subjetividades trans no campo das inimizades, paradoxalmente produz uma politica de reconhecimento dessas experiencias como aquilo que foge a categoria universal inventando, assim, a propria diferenca.