{"title":"John Dewey e a ética da experimentação animal","authors":"Bruno Araújo Alencar, Heraldo Aparecido Silva","doi":"10.23925/2316-5278.2022v23i1:e58364","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"\n\n\nO trabalho tem o objetivo de evidenciar a ética da experimentação animal em John Dewey, observando se é possível propor uma deliberação moral antiespecista. Assim, analisaremos o modo deweyano de aliar uma ética voltada ao progresso humano, mesmo que dela resultem condutas que desencadeiem na exploração de animais não humanos, verificando paulatinamente se é possível propor uma deliberação moral de maneira criativa por meio da experiência humana e que beneficie os animais não humanos. No primeiro momento, será exposto o conceito de especismo, tal como sua derivação, o especismo antropocêntrico, o qual será esmiuçado, para mostrar como os animais humanos incorrem em certas argumentações que viabilizem a exploração de animais não humanos, principalmente na discussão do pragmatismo deweyano. Segundo, iremos aprofundar a questão do especismo por meio de uma atitude pragmática, que, além de evidenciar o entrave moral a partir do pragmatismo clássico de Dewey, mostrará argumentações favoráveis a deliberações morais que propiciem o bem-estar dos animais não humanos, de acordo com o pragmatismo contemporâneo, já que esse debate sobre o bem-estar animal no contexto da moral pragmatista é recente. Nosso trabalho conta com o aporte teórico de Dewey (2020), Fesmire (2004) e Singer (2010), entre outros. A pesquisa indica que, ao manifestar uma possibilidade expansiva da experiência, através da natureza humana, criada por uma rede de relações sociais mútuas que está em constante movimento, e que precisa se adequar a novos entendimentos éticos, é possível alinhar tanto as emoções quanto a simpatia humana para permitir novas experiências sociais criativas que despertem deliberações morais que favorecem diversos seres sencientes.\n\n\n","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cognitio: Revista de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2022v23i1:e58364","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O trabalho tem o objetivo de evidenciar a ética da experimentação animal em John Dewey, observando se é possível propor uma deliberação moral antiespecista. Assim, analisaremos o modo deweyano de aliar uma ética voltada ao progresso humano, mesmo que dela resultem condutas que desencadeiem na exploração de animais não humanos, verificando paulatinamente se é possível propor uma deliberação moral de maneira criativa por meio da experiência humana e que beneficie os animais não humanos. No primeiro momento, será exposto o conceito de especismo, tal como sua derivação, o especismo antropocêntrico, o qual será esmiuçado, para mostrar como os animais humanos incorrem em certas argumentações que viabilizem a exploração de animais não humanos, principalmente na discussão do pragmatismo deweyano. Segundo, iremos aprofundar a questão do especismo por meio de uma atitude pragmática, que, além de evidenciar o entrave moral a partir do pragmatismo clássico de Dewey, mostrará argumentações favoráveis a deliberações morais que propiciem o bem-estar dos animais não humanos, de acordo com o pragmatismo contemporâneo, já que esse debate sobre o bem-estar animal no contexto da moral pragmatista é recente. Nosso trabalho conta com o aporte teórico de Dewey (2020), Fesmire (2004) e Singer (2010), entre outros. A pesquisa indica que, ao manifestar uma possibilidade expansiva da experiência, através da natureza humana, criada por uma rede de relações sociais mútuas que está em constante movimento, e que precisa se adequar a novos entendimentos éticos, é possível alinhar tanto as emoções quanto a simpatia humana para permitir novas experiências sociais criativas que despertem deliberações morais que favorecem diversos seres sencientes.