{"title":"O Deus da Harmonia: a Legitimação de um Espaço no Campo Discursivo da Religiosidade","authors":"Carlos Alberto Baptista","doi":"10.5151/9786555500158-03","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A noção de discursos constituintes, formulada por Cossutta & Maingueneau (1995) e desenvolvida por Maingueneau (2000, 2004, 2006, 2010, 2014), tem como base a ideia de reunir discursos que desempenham o papel de fundadores das demais produções discursivas da sociedade . Discursos que legitimam outros ao mesmo tempo em que devem gerir, eles mesmos, seu processo de legitimação . Nessa perspectiva, Maingueneau define, como discursos constituintes, o religioso, o filosófico, o científico e o literário . Embora diferentes, esses discursos possuem características similares de emergência, circulação e funcionamento . E é dessas similaridades que se formula o conceito de discursos constituintes . O discurso teológico2, tomado como um discurso constituinte, por sua cena de enunciação, funda uma Fonte legitimadora que, por sua vez, deve legitimá-la . Trata-se de um processo enunciativo em que o discurso deve gerir sua própria emergência, atribuindo autoridade a um enunciador que recebe sua fala de uma fonte transcendente . Essa fonte é produzida pelo próprio discurso, embora seja apontada como algo exterior a ele . Com base nisso, nosso objetivo é de analisar as características do processo enunciativo-discursivo de fundação e de legitimação na emergência de um novo posicionamento no campo discursivo religioso . A hipótese é de que tal emergência deve ser concernente às características de constituição e de legitimação dos discursos constituintes .","PeriodicalId":275235,"journal":{"name":"Discursos Constituintes","volume":"135 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Discursos Constituintes","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5151/9786555500158-03","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A noção de discursos constituintes, formulada por Cossutta & Maingueneau (1995) e desenvolvida por Maingueneau (2000, 2004, 2006, 2010, 2014), tem como base a ideia de reunir discursos que desempenham o papel de fundadores das demais produções discursivas da sociedade . Discursos que legitimam outros ao mesmo tempo em que devem gerir, eles mesmos, seu processo de legitimação . Nessa perspectiva, Maingueneau define, como discursos constituintes, o religioso, o filosófico, o científico e o literário . Embora diferentes, esses discursos possuem características similares de emergência, circulação e funcionamento . E é dessas similaridades que se formula o conceito de discursos constituintes . O discurso teológico2, tomado como um discurso constituinte, por sua cena de enunciação, funda uma Fonte legitimadora que, por sua vez, deve legitimá-la . Trata-se de um processo enunciativo em que o discurso deve gerir sua própria emergência, atribuindo autoridade a um enunciador que recebe sua fala de uma fonte transcendente . Essa fonte é produzida pelo próprio discurso, embora seja apontada como algo exterior a ele . Com base nisso, nosso objetivo é de analisar as características do processo enunciativo-discursivo de fundação e de legitimação na emergência de um novo posicionamento no campo discursivo religioso . A hipótese é de que tal emergência deve ser concernente às características de constituição e de legitimação dos discursos constituintes .