S. Alegria, A. Marques, I. Cruz, N. Junqueira, O. Simões
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Abstract
DOI: 10.5935/2318-8219.20190017 Paciente do sexo feminino, 79 anos, com antecedentes de neoplasia da mama, submetida à mastectomia direita, quimioterapia e radioterapia em 2005; com hipertensão arterial, obesidade, doença renal crônica e fibrilação auricular paroxística. Em 2012 foi internada por endocardite de válvula mitral por conta de Streptococus beta-hemolítico complicada por embolização cerebral e insuficiência cardíaca aguda associada a regurgitação mitral grave. Neste contexto, foi submetida à cirurgia de urgência, com implantação de prótese biológica em posição mitral, complicada por deiscência de prótese e necessidade de nova cirurgia de substituição valvular um mês depois. À data da alta realizou ecocardiograma transtorácico (ETT) que documentou prótese normofuncionante, sem leaks residuais. Novo internamento por endocardite de prótese em 2017, sem isolamento de agente, com evidência de vegetação em ecocardiograma transesofágico inicial, complicada por pseudoaneurisma (dimensões máximas 3,19 × 1,58 cm) e leak periprotésico, não presente em ETT dois meses antes, tendo sido recusada para cirurgia por elevado risco cirúrgico e sem possibilidade de encerramento percutâneo. Admitida novamente após três meses por insuficiência cardíaca, tendo-se documentado deiscência da prótese com movimento de rocking e leak periprotésico grave. Após discussão em Heart Team, foi submetida à cirurgia emergente. As culturas da prótese revelaram Brevibacterium sp. e Staphyloccocus epidermidis, tendo iniciado antibioterapia dirigida. Apesar de evolução favorável, ao 19o dia de internamento verificou-se morte súbita, desconhecendo-se a causa da morte.