{"title":"PROTOCOLOS APLICADOS AO DOADOR E AO RECEPTOR PARA A PREVENÇÃO DE ESTRONGILOIDÍASE DISSEMINADA EM RECEPTORES PÓS-TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS SÓLIDOS","authors":"P. Ponte, Larissa Ciarlini Varandas Sales, Melissa Fiuza Saboya, Natália Ponte Fernandes, Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur","doi":"10.51161/conbrapah/5","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O Strongyloides stercoralis é um nematoide intestinal que infecta mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo causando estrongiloidíase. Esta é uma infecção potencialmente grave em indivíduos imunossuprimidos, a exemplo de receptores de transplante de órgãos sólidos, podendo se manifestar em suas formas mais severas (hiperinfecção e estrongiloidíase disseminada), que são comumente fatais. Diante disso, são necessários protocolos que visem triar doadores e receptores quanto a presença deste parasito, com o objetivo de reduzir a ocorrências das formas graves de estrongiloidíase e suas complicações. Objetivo: Descrever os protocolos mundialmente aplicados a doadores e receptores de transplante de órgãos sólidos para a prevenção de estrongiloidíase disseminada em receptores e suas complicações. Material e métodos: Foi conduzida uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e EMBASE a partir da utilização dos descritores “strongyloidiasis”, “transplantation”, “clinical protocol”, “screening” e “organ transplantation”, combinados com o operador booleano AND, com a seleção de artigos publicados entre os anos de 2016 e 2021. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, nove artigos foram analisados para esta produção. Resultados e discussão: Os testes sorológicos para diagnóstico de estrongiloidíase são sensíveis e específicos, principalmente o ELISA, sendo altamente recomendados para investigação em doadores e receptores. Aqueles IgG positivos para Strongyloides, sintomáticos ou não, indivíduos com eosinofilia inexplicável ou sorologiadesconhecida e os que moram ou viajaram para áreas endêmicas precisam ser tratados com ivermectina antes da doação/recepção de órgãos. Receptores de doadores falecidos IgG positivos para Strongyloides, com sorologia desconhecida e/ou eosinofiliainexplicável, devem tomar ivermectina após o transplante. De maneira complementar, é recomendada a realização do exame parasitológico de fezes com a utilização de métodossensíveis à detecção de larvas de helmintos para a investigação da presença do parasito antes da realização do transplante. Conclusão: De acordo com a literatura pesquisada, os protocolos comumente empregados para a prevenção de estrongiloidíase disseminada em receptores de órgãos sólidos consistem na investigação sorológica e parasitológica em doadores e receptores, além da utilização de ivermectina profilaticamente.","PeriodicalId":209824,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-02-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/conbrapah/5","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: O Strongyloides stercoralis é um nematoide intestinal que infecta mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo causando estrongiloidíase. Esta é uma infecção potencialmente grave em indivíduos imunossuprimidos, a exemplo de receptores de transplante de órgãos sólidos, podendo se manifestar em suas formas mais severas (hiperinfecção e estrongiloidíase disseminada), que são comumente fatais. Diante disso, são necessários protocolos que visem triar doadores e receptores quanto a presença deste parasito, com o objetivo de reduzir a ocorrências das formas graves de estrongiloidíase e suas complicações. Objetivo: Descrever os protocolos mundialmente aplicados a doadores e receptores de transplante de órgãos sólidos para a prevenção de estrongiloidíase disseminada em receptores e suas complicações. Material e métodos: Foi conduzida uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e EMBASE a partir da utilização dos descritores “strongyloidiasis”, “transplantation”, “clinical protocol”, “screening” e “organ transplantation”, combinados com o operador booleano AND, com a seleção de artigos publicados entre os anos de 2016 e 2021. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, nove artigos foram analisados para esta produção. Resultados e discussão: Os testes sorológicos para diagnóstico de estrongiloidíase são sensíveis e específicos, principalmente o ELISA, sendo altamente recomendados para investigação em doadores e receptores. Aqueles IgG positivos para Strongyloides, sintomáticos ou não, indivíduos com eosinofilia inexplicável ou sorologiadesconhecida e os que moram ou viajaram para áreas endêmicas precisam ser tratados com ivermectina antes da doação/recepção de órgãos. Receptores de doadores falecidos IgG positivos para Strongyloides, com sorologia desconhecida e/ou eosinofiliainexplicável, devem tomar ivermectina após o transplante. De maneira complementar, é recomendada a realização do exame parasitológico de fezes com a utilização de métodossensíveis à detecção de larvas de helmintos para a investigação da presença do parasito antes da realização do transplante. Conclusão: De acordo com a literatura pesquisada, os protocolos comumente empregados para a prevenção de estrongiloidíase disseminada em receptores de órgãos sólidos consistem na investigação sorológica e parasitológica em doadores e receptores, além da utilização de ivermectina profilaticamente.