F. Soares, Carolina Bonoto, Paula Viegas, Igor Salgueiro, R. Recuero
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Abstract
Neste artigo, analisamos as estratégias de apropriação do Instagram para a produção de discursos desinformativos sobre o Covid-19. O nosso estudo de caso é focado na divulgação do uso da hidroxicloroquina como tratamento para a doença. Para isso, coletamos publicações na plataforma que mencionavam o medicamento. Selecionamos as 67 publicações desinformativas com maior número de interações e utilizamos Análise de Conteúdo para identificar como a multimodalidade foi apropriada na produção discursiva e quais foram as estratégias de legitimação utilizadas nas publicações. Nossos resultados mostram diferentes apropriações para vídeos e imagens, com vídeos utilizados como evidências e imagens dependendo de níveis textuais na legenda ou em sobreposições. Entre as estratégias de legitimação, houve prevalência da categoria de autorização, em publicações que mencionavam a produção e distribuição da droga e a sua inclusão em protocolos de tratamento da doença. A avaliação moral foi a segunda categoria mais utilizada, apropriada para a crítica a atores políticos. Mitopoesia, que tratava de casos de pessoas recuperadas que utilizaram hidroxicloroquina, e racionalização, que dava destaque a estudos que supostamente comprovavam a eficácia do medicamento, foram categorias menos comuns.
PALAVRAS-CHAVE: Covid-19; desinformação; Instagram; multimodalidade, plataforma.