{"title":"Reflexões sobre a autoria poética da mulher em \"Nada, esta espuma\", de Ana Cristina Cesar","authors":"Mariana Borda Anderson Gueiral","doi":"10.11606/issn.2596-2477.i47p45-52","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Em Cenas de Abril (1979), Ana Cristina Cesar surge para inovar o discurso poético produzido por mulheres. A escrita esfíngica da autora contribui para as contemplações do ser mulher em relação ao desejo que envolve a escrita. No poema “Nada, esta espuma”, selecionado para a análise, Ana Cristina Cesar revela uma voz que insiste na “maldade de escrever” ao personificar, pela presença das figuras da deusa e da sereia, o acossamento ou a libertação do fazer poético como forma de expressão: ambivalências que permeiam o discurso da eu-lírico. Dessa forma, o presente artigo analisará os deslocamentos da mulher perante a escrita, de acordo com a obra O riso da medusa (2022), da autora Hélène Cixous. Para analisar os significados das figuras apresentadas no poema de Ana Cristina, como a deusa que “castiga” e a sereia que possui seio livre, esse trabalho abordará as leituras teóricas Um é o outro (1986), de Elisabeth Badinter e “Sereias: sedução e saber” (2020), de Adelia Bezerra de Menezes.","PeriodicalId":426966,"journal":{"name":"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i47p45-52","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Em Cenas de Abril (1979), Ana Cristina Cesar surge para inovar o discurso poético produzido por mulheres. A escrita esfíngica da autora contribui para as contemplações do ser mulher em relação ao desejo que envolve a escrita. No poema “Nada, esta espuma”, selecionado para a análise, Ana Cristina Cesar revela uma voz que insiste na “maldade de escrever” ao personificar, pela presença das figuras da deusa e da sereia, o acossamento ou a libertação do fazer poético como forma de expressão: ambivalências que permeiam o discurso da eu-lírico. Dessa forma, o presente artigo analisará os deslocamentos da mulher perante a escrita, de acordo com a obra O riso da medusa (2022), da autora Hélène Cixous. Para analisar os significados das figuras apresentadas no poema de Ana Cristina, como a deusa que “castiga” e a sereia que possui seio livre, esse trabalho abordará as leituras teóricas Um é o outro (1986), de Elisabeth Badinter e “Sereias: sedução e saber” (2020), de Adelia Bezerra de Menezes.
在《四月场景》(1979)中,安娜·克里斯蒂娜·塞萨尔(Ana Cristina Cesar)对女性产生的诗意话语进行了创新。作者的书法写作有助于思考作为一个女人与写作中涉及的欲望的关系。诗里也“,那泡沫”,选择分析,模拟出克里斯蒂娜•塞萨尔的声音坚持写信”冒充“邪恶的女神的人物和美人鱼,骚扰或做诗的释放方法的说法,矛盾着我抒情的语言。因此,本文将根据helene Cixous的作品《美杜莎的笑声》(2022),分析女性在写作前的错位。为了分析安娜·克里斯蒂娜诗歌中人物的意义,如“惩罚”的女神和拥有自由乳房的美人鱼,本作品将探讨伊丽莎白·巴丹特的理论解读Um e o outo(1986)和阿德利亚·贝泽拉·德·梅内塞斯的《美人鱼:诱惑与知识》(2020)。