{"title":"Interseccionalidade no esporte: reflexões sobre o estudo com as árbitras de futebol e o método corpo-experiência","authors":"Ineildes Calheiro, E. Oliveira","doi":"10.31560/2595-3206.2018.3.9171","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esse estudo tem como objetivo refletir sobre a divisao racial e sexual no esporte, e o corpo-experiencia-interseccional como metodo, tendo como recorte a esfera futebolistica, a partir dos resultados da pesquisa concluida, intitulada “As mulheres arbitras de futebol: um estudo sobre tecnologias de genero e perspectivas da divisao sexual do trabalho”[1]. Trata-se de abordar os resultados enfatizados no contexto da interseccionalidade, refletindo sob um olhar para alem, visando pensar os tensionamentos nos marcadores da diferenca no campo esportivo de forma mais abrangente, bem como debater sobre possiveis acoes politicas. Na pesquisa analisada foi investigada a divisao sexual no trabalho de arbitragem, considerando a racializacao, sendo utilizada a perspectiva interseccional impulsionada pelo corpo-experiencia, com a pesquisadora desde dentro: implicada-participante, partindo dos marcadores em seu proprio corpo, como raca, sexualidade, classe, territorio e suas experiencias como arbitra. O material empirico constituiu-se de analise documental e narrativas das arbitras. Teoricamente fundamentada em estudos raciais, de genero, inclinando-se no ponto de vista e nos feminismos, e tendo como resultados principais: a divisao sexual no futebol; submissao de genero; dupla opressao das mulheres negras e exclusao. As desigualdades sao apontadas a partir de um numero infimo de mulheres no quadro, bem como menor participacao do trabalho de arbitragem em comparacao com os homens. A saber, o campo futebolistico e androcentrico, organizado em forma de politica de genero, lugar de macho e branco. \n Palavras-chave: Interseccionalidade; arbitras/futebol; corpo-experiencia; divisao sexual \n \n[1] A pesquisa encontra-se publicada em livro, em 2017, fora do Brasil em editora internacional. Novas Edicoes Academicas.","PeriodicalId":231671,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Estudos da Homocultura","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Estudos da Homocultura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31560/2595-3206.2018.3.9171","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Esse estudo tem como objetivo refletir sobre a divisao racial e sexual no esporte, e o corpo-experiencia-interseccional como metodo, tendo como recorte a esfera futebolistica, a partir dos resultados da pesquisa concluida, intitulada “As mulheres arbitras de futebol: um estudo sobre tecnologias de genero e perspectivas da divisao sexual do trabalho”[1]. Trata-se de abordar os resultados enfatizados no contexto da interseccionalidade, refletindo sob um olhar para alem, visando pensar os tensionamentos nos marcadores da diferenca no campo esportivo de forma mais abrangente, bem como debater sobre possiveis acoes politicas. Na pesquisa analisada foi investigada a divisao sexual no trabalho de arbitragem, considerando a racializacao, sendo utilizada a perspectiva interseccional impulsionada pelo corpo-experiencia, com a pesquisadora desde dentro: implicada-participante, partindo dos marcadores em seu proprio corpo, como raca, sexualidade, classe, territorio e suas experiencias como arbitra. O material empirico constituiu-se de analise documental e narrativas das arbitras. Teoricamente fundamentada em estudos raciais, de genero, inclinando-se no ponto de vista e nos feminismos, e tendo como resultados principais: a divisao sexual no futebol; submissao de genero; dupla opressao das mulheres negras e exclusao. As desigualdades sao apontadas a partir de um numero infimo de mulheres no quadro, bem como menor participacao do trabalho de arbitragem em comparacao com os homens. A saber, o campo futebolistico e androcentrico, organizado em forma de politica de genero, lugar de macho e branco.
Palavras-chave: Interseccionalidade; arbitras/futebol; corpo-experiencia; divisao sexual
[1] A pesquisa encontra-se publicada em livro, em 2017, fora do Brasil em editora internacional. Novas Edicoes Academicas.