Angelina Cortelazzi Bolzam, José Ailton Carlos Lima Correia
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Abstract
o artigo reflete a autenticidade do Museu da Pessoa (1991), o qual se compreende no paradoxo: espaço cultural pelo compartilhamento de experiências de vidas (Erfahrung) e sua constituição fetichizada pelos meios virtuais. Nessa tensão ontológica, adotamos um possível diálogo entre Walter Benjamin e o poeta Manoel de Barros, pelo método do desvio, para encontrar a legitimidade formativa do Museu da Pessoa. Pela perspectiva de Benjamin, identificamos na obra O colecionador bases para a redenção do fabricado de seus meios de produção, e no Livro Sobre nada de Manoel de Barros encontramos a libertação poética da funcionalidade originária das coisas para que a “aura” da obra de arte chancele o Museu da Pessoa. Por fim, a justificação da confluência estética entre os autores assinala uma nova categoria de análise sobre o Museu da Pessoa: compreendê-lo como espaço de resistência da memória coletiva, que ainda persiste em nos dizer que somos humanos.