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Abstract
A moderna literatura hebraica nasceu no século XIX na Europa, como um instrumento de divulgação das ideias de um movimento que buscava elevar o nível cultural das massas judaicas, que viviam então em pleno atraso medieval. Em seguida, esta literatura acomp anhou a grande migração que assinalou o início da colonização da Palestina, assumindo características étnicas, nacionalistas e coletivistas, a serviço da formação de uma nova identidade judaica e da construção de um E stado nacional. Criado o Estado de Isra el, o idioma evoluiu de seu estágio inicial, com vocabulário precário e estrutura artificial, para uma língua de expressão plena e dinâmica; esta literatura, agora melhor referida como “israelense contemporânea”, supera suas limitações particularistas, pas sando a expressar o modo de vida de um povo vivendo em território nacional e produzindo em seu idioma cotidiano. Quanto a sua recepção no Brasil, essa literatura no início é consumida pela coletividade judaica como uma espécie de propriedade comum da etnia ; nas últimas três décadas, amplia - se o público leitor, como resultado, talvez, de dois fenômenos: o ingresso dos Estudos Judaicos em programas de pós - graduação das principais universidades e o investimento de editoras em tradução, produção e divulgação da s obras de seus principais expoentes.