{"title":"Produzindo a Vulnerabilidade do Consumidor: Tecnologias Biométricas, Marketing e Biopolítica","authors":"Renata Couto de Azevedo de Oliveira","doi":"10.4025/rimar.v13i1.66251","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este ensaio discute o caso Raia-Drogasil à luz da vulnerabilidade do consumidor e do marketing na era digital, dado o avanço das tecnologias biométricas que podem ser encaradas como um mecanismo de governança dos consumidores. Partimos da definição de vulnerabilidade do consumidor como um estado de fragilidade de indivíduos frente as práticas de mercado que pode se manifestar da produção ao pós-consumo. Argumentamos que todos estamos sujeitos à vulnerabilidade em um mercado no qual o marketing usa a biometria como uma forma de biopoder para fazer predições e, assim, exercer controle. Concluímos que em estratégias de marketing envolvendo dados pessoais sensíveis é mandatório que sejam observadas as obrigações previstas pela LGPD, pois tais estratégias podem acarretar a produção de vulnerabilidade direta e indiretamente para consumidores e para sociedade. Sugerimos que as tecnologias biométricas expandem situações de vulnerabilidade antes reservadas a determinados grupos, universalizando-as. Questionamos a necessidade de dados biométricos para a eficácia das estratégias de marketing.","PeriodicalId":103046,"journal":{"name":"Revista Interdisciplinar de Marketing","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Interdisciplinar de Marketing","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4025/rimar.v13i1.66251","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este ensaio discute o caso Raia-Drogasil à luz da vulnerabilidade do consumidor e do marketing na era digital, dado o avanço das tecnologias biométricas que podem ser encaradas como um mecanismo de governança dos consumidores. Partimos da definição de vulnerabilidade do consumidor como um estado de fragilidade de indivíduos frente as práticas de mercado que pode se manifestar da produção ao pós-consumo. Argumentamos que todos estamos sujeitos à vulnerabilidade em um mercado no qual o marketing usa a biometria como uma forma de biopoder para fazer predições e, assim, exercer controle. Concluímos que em estratégias de marketing envolvendo dados pessoais sensíveis é mandatório que sejam observadas as obrigações previstas pela LGPD, pois tais estratégias podem acarretar a produção de vulnerabilidade direta e indiretamente para consumidores e para sociedade. Sugerimos que as tecnologias biométricas expandem situações de vulnerabilidade antes reservadas a determinados grupos, universalizando-as. Questionamos a necessidade de dados biométricos para a eficácia das estratégias de marketing.