{"title":"Propagação da Maré Salina em um Estuário Tropical Estrangulado, Ipojuca, NE-Brasil","authors":"Sayonara Raíza R. M. Lins, C. Medeiros","doi":"10.5914/TROPOCEAN.V46I1.237251","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O rio Ipojuca figura dentre os rios Pernambucanos que sofreram maiores alterações em sua geometria/desembocadura e descargas fluviais. Este estudo enfoca a propagação da maré salina e o regime salino neste sistema. Os trabalhos abrangeram um levantamento morfobatimétrico, obtenção de perfis CTD e medições de correntes em períodos chuvoso (jun-ago/2017) e de estiagem (dez/17) em ciclos de sizígia e quadratura. O estuário é raso (-1,4 a 9,1m) em seus trechos superior e mediano, com profundidade média de 0,5m (0,4-9,5m) e presença de um canal central profundo e de bancos de areia emersos em seu trecho inferior. O estuário é do tipo 1b pelo sistema de classificação de Hansen and Rattray (1966), moderadamente estratificado e lateralmente homogêneo. O transporte salino é governado por processos difusivos, recebendo moderadas a elevadas descargas fluviais no período chuvoso e tendendo a parcialmente estratificado, com baixas entradas de água doce durante o período de estiagem. A excursão da maré salina alcança 2,0-5,7km para montante de sua desembocadura, sendo fortemente influenciada pelo regime das chuvas e secundariamente pelo ciclo das marés. A condição de barra estrangulada dificulta as trocas com a área costeira, a entrada das águas marinhas e a drenagem de águas de fundo.","PeriodicalId":328321,"journal":{"name":"Tropical Oceanography","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"3","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tropical Oceanography","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5914/TROPOCEAN.V46I1.237251","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O rio Ipojuca figura dentre os rios Pernambucanos que sofreram maiores alterações em sua geometria/desembocadura e descargas fluviais. Este estudo enfoca a propagação da maré salina e o regime salino neste sistema. Os trabalhos abrangeram um levantamento morfobatimétrico, obtenção de perfis CTD e medições de correntes em períodos chuvoso (jun-ago/2017) e de estiagem (dez/17) em ciclos de sizígia e quadratura. O estuário é raso (-1,4 a 9,1m) em seus trechos superior e mediano, com profundidade média de 0,5m (0,4-9,5m) e presença de um canal central profundo e de bancos de areia emersos em seu trecho inferior. O estuário é do tipo 1b pelo sistema de classificação de Hansen and Rattray (1966), moderadamente estratificado e lateralmente homogêneo. O transporte salino é governado por processos difusivos, recebendo moderadas a elevadas descargas fluviais no período chuvoso e tendendo a parcialmente estratificado, com baixas entradas de água doce durante o período de estiagem. A excursão da maré salina alcança 2,0-5,7km para montante de sua desembocadura, sendo fortemente influenciada pelo regime das chuvas e secundariamente pelo ciclo das marés. A condição de barra estrangulada dificulta as trocas com a área costeira, a entrada das águas marinhas e a drenagem de águas de fundo.