{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DIFTERIA E COBERTURA VACINAL NO BRASIL ENTRE 2007 E 2020","authors":"Karina Raquel Guilhon Machado, Haryne Lizandrey Azevedo Furtado","doi":"10.51161/ii-conamic/42","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A difteria é uma doença aguda causada pelo Corynebacterium diphtheriae e transmitida pelo contato direto com gotículas ou secreções da nasofaringe. Embora a difteria seja uma das doenças mais estudadas atualmente, e a vacina tríplice bacteriana (DTP) seja amplamente utilizada, ainda é endêmica no Brasil. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico da difteria e da cobertura vacinal no Brasil entre os anos de 2007 e 2020. Material e métodos: Para isso os dados foram coletados do banco de informação de saúde do DATASUS referente ao período de 2007 a 2020. Resultados: Foram registrados 94 casos notificados no Brasil entre 2007 e 2020, com prevalência do gênero masculino de 51% das notificações. Destaca-se a região nordeste com 52% dos casos, sendo os principais estados Maranhão (29,7%) e Pernambuco (18%). Quanto às faixas etárias mais acometidas, foram as populações entre 1 – 9 anos e 20 – 39 anos com 42,5% e 21,2%, respectivamente. Na distribuição percentual por raça as mais afetadas foram a branca (46,8%) e a parda (38%). Do total de casos 80,8% apresentaram cura sem sequelas e 9,5% representam o número de óbitos por difteria no Brasil. Durante o período selecionado para estudo ocorreram oscilações percentuais na cobertura vacinal da DTP nas cinco regiões. Ademais, houve um declínio na cobertura das regiões Norte e Nordeste entre os anos de 2012 e 2016 onde foram encontradas as seguintes médias de coberturas: 86,16% e 92,83%, respectivamente, não atingindo o preconizado (95%). Conclusão: Tais dados evidenciam a difteria como problema de saúde pública e corroboram a relevância da cobertura vacinal e reforços vacinais, além de ações de educação em saúde.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/42","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A difteria é uma doença aguda causada pelo Corynebacterium diphtheriae e transmitida pelo contato direto com gotículas ou secreções da nasofaringe. Embora a difteria seja uma das doenças mais estudadas atualmente, e a vacina tríplice bacteriana (DTP) seja amplamente utilizada, ainda é endêmica no Brasil. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico da difteria e da cobertura vacinal no Brasil entre os anos de 2007 e 2020. Material e métodos: Para isso os dados foram coletados do banco de informação de saúde do DATASUS referente ao período de 2007 a 2020. Resultados: Foram registrados 94 casos notificados no Brasil entre 2007 e 2020, com prevalência do gênero masculino de 51% das notificações. Destaca-se a região nordeste com 52% dos casos, sendo os principais estados Maranhão (29,7%) e Pernambuco (18%). Quanto às faixas etárias mais acometidas, foram as populações entre 1 – 9 anos e 20 – 39 anos com 42,5% e 21,2%, respectivamente. Na distribuição percentual por raça as mais afetadas foram a branca (46,8%) e a parda (38%). Do total de casos 80,8% apresentaram cura sem sequelas e 9,5% representam o número de óbitos por difteria no Brasil. Durante o período selecionado para estudo ocorreram oscilações percentuais na cobertura vacinal da DTP nas cinco regiões. Ademais, houve um declínio na cobertura das regiões Norte e Nordeste entre os anos de 2012 e 2016 onde foram encontradas as seguintes médias de coberturas: 86,16% e 92,83%, respectivamente, não atingindo o preconizado (95%). Conclusão: Tais dados evidenciam a difteria como problema de saúde pública e corroboram a relevância da cobertura vacinal e reforços vacinais, além de ações de educação em saúde.