{"title":"Monstro íntimo: o problema contemporâneo do objeto através dos quadrinhos de Charles Burns.","authors":"A. Vargas","doi":"10.47456/RF.V1I20.20772","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Sejam raças fabulosas que vivem nos confins da terra, sejam seres individuais na fronteira entre o animal e o divino, o monstro é o Outro. Porém, pela obra do quadrinista Charles Burns, sobretudo a trilogia Last look, e o rastro que nele advém, a experiência pelos quadrinhos do pós-guerra inscreve na contemporaneidade uma outridade não exterior, não objetal, um monstro íntimo. Busca-se, então, a partir de autores como Julia Kristeva e Peter Sloterdijk, com os conceitos de abjeto e nobjeto, respectivamente, pensar o espaço íntimo de transmissão do sujeito, do vir-a-ser-sujeito monstruoso. Uma questão estética que, da psicanálise à esferologia, apontará ao interior ocupado pelo monstro no contemporâneo.","PeriodicalId":217096,"journal":{"name":"Revista Farol","volume":"108 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-06-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Farol","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.47456/RF.V1I20.20772","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Sejam raças fabulosas que vivem nos confins da terra, sejam seres individuais na fronteira entre o animal e o divino, o monstro é o Outro. Porém, pela obra do quadrinista Charles Burns, sobretudo a trilogia Last look, e o rastro que nele advém, a experiência pelos quadrinhos do pós-guerra inscreve na contemporaneidade uma outridade não exterior, não objetal, um monstro íntimo. Busca-se, então, a partir de autores como Julia Kristeva e Peter Sloterdijk, com os conceitos de abjeto e nobjeto, respectivamente, pensar o espaço íntimo de transmissão do sujeito, do vir-a-ser-sujeito monstruoso. Uma questão estética que, da psicanálise à esferologia, apontará ao interior ocupado pelo monstro no contemporâneo.