{"title":"A garimpagem de ouro na ocupação, povoamento e definição dos limites entre Brasil e Guiana Francesa","authors":"David Souza Góes","doi":"10.18468/FRONTEIRAS.2020V7N1.P113-127","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Considerando que as fronteiras definidas pelos Estados condicionam o movimento das populações, as quais respondem de diferentes maneiras aos efeitos desses limites, este artigo objetiva analisar a mobilidade dos agentes envolvidos em atividades vinculadas à garimpagem de ouro na ocupação, povoamento e definição do limite franco-brasileiro, precipuamente daqueles agentes que tiveram as comunidades localizadas no rio Oiapoque como apoio logístico. Baseando-se no método materialismo histórico e dialético, observou-se que esses agentes, com suas atividades e suas práticas espaciais, foram e são centrais na ocupação, povoamento e urbanização na fronteira franco-brasileira, em especial na cidade de Oiapoque, que ainda hoje apresenta dinâmicas socioeconômicas decorrentes da garimpagem informal aurífera na área de contato entre Brasil e Guiana Francesa. Essa constatação ratifica a necessidade de se reconhecer a diversidade que configura os processos de mobilidade humana e de urbanização na região que, em muito, decorrem de processos extra-locais, em especial nas cidades fronteiriças.","PeriodicalId":133524,"journal":{"name":"Fronteiras & Debates","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Fronteiras & Debates","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18468/FRONTEIRAS.2020V7N1.P113-127","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Considerando que as fronteiras definidas pelos Estados condicionam o movimento das populações, as quais respondem de diferentes maneiras aos efeitos desses limites, este artigo objetiva analisar a mobilidade dos agentes envolvidos em atividades vinculadas à garimpagem de ouro na ocupação, povoamento e definição do limite franco-brasileiro, precipuamente daqueles agentes que tiveram as comunidades localizadas no rio Oiapoque como apoio logístico. Baseando-se no método materialismo histórico e dialético, observou-se que esses agentes, com suas atividades e suas práticas espaciais, foram e são centrais na ocupação, povoamento e urbanização na fronteira franco-brasileira, em especial na cidade de Oiapoque, que ainda hoje apresenta dinâmicas socioeconômicas decorrentes da garimpagem informal aurífera na área de contato entre Brasil e Guiana Francesa. Essa constatação ratifica a necessidade de se reconhecer a diversidade que configura os processos de mobilidade humana e de urbanização na região que, em muito, decorrem de processos extra-locais, em especial nas cidades fronteiriças.