Camila Brandão da Silva, Anderson Fernando de Souza, A. L. V. Zoppa
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Abstract
A infecção no sítio cirúrgico (ISC) é uma complicação grave que pode acontecer em decorrência das cirurgias ortopédicas que demandam a utilização de implantes nos equinos. Morbidade, tratamentos prolongados e, consequentemente, dispendiosos e até mesmo óbito, são decorrências desta complicação. O presente trabalho analisou de forma retrospectiva os equinos submetidos a osteossíntese ou artrodese, que apresentaram ISC no período pós-cirúrgico atendidos no Hospital Veterinário da FMVZ-USP no período de 2009 a 2021. Sessenta e sete equinos atenderam aos critérios de seleção e, destes, 13 (19,4%) apresentaram ISC no período pós-cirúrgico. Escherichia coli, Streptococcus sp. e Enterobacter cloacae complex foram os agentes mais comumente isolados e a remoção dos implantes foi realizada em 76,9% (10/13) dos pacientes. Aminoglicosídeos associados ou não aos beta-lactâmicos foram as classes de antimicrobianos utilizados na terapia prévia em 84,6% (11/13), houve alteração das drogas utilizadas depois do resultado da cultura e antibiograma em todos os casos, devido à resistência antimicrobiana identificada. A incidência de ISC foi similar ao relatado em outros trabalhos, a retirada dos implantes foi uma estratégia eficiente quando o tratamento clínico não surte melhora. A identificação dos agentes envolvidos e o antibiograma se mostraram decisivos para o manejo dos casos.