A. P. Cardoso, S. Felizardo, J. Pereira, Paula Rodrigues, Joana Proença
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Abstract
Na abordagem de jovens com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) são normalmente utilizadas terapias convencionais. Em alternativa, a investigação empírica tem vindo a alargar a base das evidências científicas que corroboram a eficácia da utilização da arte como forma de promover o desenvolvimento destes indivíduos. Assim, realizámos uma investigação que envolveu seis jovens com PEA, com idades compreendidas entre os 14 e os 23 anos, que frequentavam uma Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo. Foi seguida uma metodologia qualitativa, utilizando uma variedade de técnicas e instrumentos de recolha de dados (pesquisa documental, observação participante e estruturada, entrevista na modalidade de focus group, registo fotográfico e vídeo). O objetivo do estudo foi analisar a importância de duas atividades criativas e dinâmicas, a interação com uma instalação artística e a criação de um painel de arte colaborativa, na melhoria de competências sociais. A primeira atividade materializou-se na criação de um espaço em que os jovens foram transportados para situações de guerra, apelando aos sentidos e levando-os a colocar-se no lugar do outro. A segunda foi efetuada numa mesa digital, dando liberdade a cada indivíduo de se expressar graficamente e levando-o depois a partilhar, em grupo, pensamentos/perceções a respeito dos respetivos desenhos, tendo em vista desenvolver a capacidade de saber ouvir e aceitar as opiniões dos outros. Os resultados mostraram que as atividades artístico-expressivas tiveram um impacto positivo nas habilidades sociais dos participantes, evidenciando que a arteterapia constitui um meio facilitador do desenvolvimento e expressão da pessoa com PEA.