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Abstract
Este artigo tem por objetivo trazer a dança sagrada na memória e história de Nietzsche através das comunidades de terreiros, compreendida como expressões corporais representadas através da memória no que diz respeito à dança, o corpo e os toques da Orixá Oxum, bem como, a ação de lembrar trazendo o pressuposto de que a memória também é uma instância de criação e existência. Além disso, apontar como é possível pensar a dança e o corpo como elementos constitutivos da dança e filosofia de Nietzsche. Embalados pela problemática: como a dança sagrada nos terreiros de candomblé da nação ketu/Nagô reflete a memória em movimento trazida por Nietzsche? Com isso propomos uma discussão das teorias embasada de Nietzsche que nos contribui a situar a memória em movimento através dos acontecimentos que resulta nas relações sociais de grupos contribuídas através da história, contatos, lembranças, expressões e recordações. Como metodologia de pesquisa, faremos uma busca no acervo utilizando o referencial teórico de Nietzsche e suas concepções de dionisíatico, apolíneo presentes na obra de Nietzshe: Assim falou Zaratustra, para pensarmos nas relações do corpo e dança na construção de uma vida de arte e da superação do homem e da relação destruição-criação entre o apolíneo e o dionisíaco, discutindo a imagem do corpo e da dança como movimento de superação, abrindo perspectiva acerca da vida e da mais profunda necessidade de afirmação que o candomblé congrega valores das diversas etnias africanas, como forma de resitência, imbuído na vontade de ensinar o ser humano o sentido de ser. Dessa forma, as memórias contidas na dança em seus corpos incorporados pelos/as Orixás, transmitem as suas narrativas míticas, podendo ser aplicada na força espiritual que contribui para a resitência e sobrevivência nos terreiros de candomblé, para sua (re)significação religiosa e comunitária. mesmo diante dos sofrimentos ocorridos relacionados ao racismo e preconceito religioso.