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Abstract
Tomando como ponto de partida o pensamento de Roland Barthes, Claude Lévi-Strauss e Charles Baudelaire sobre a eficácia da relação Literatura/Música, o presente estudo examina efeitos produzidos pelo diálogo estabelecido entre esses dois campos artísticos postos em intersecção. Nesse sentido, verifica-se que o conjunto de efeitos gerados compõe certa zona de convergência configurada pela experiência do “inusitado” vivenciada pelo sujeito. Elucida-se tal vivência com base na reflexão do filósofo François Jullien que o justifica pelo conceito de “transformações silenciosas” enquanto aflorar de sensações inesperadas. Seja em L’Obvie et l’obtus e em La Préparation du roman, de Barthes, seja em Tristes Trópicos e em Olhar Escutar Ler, de Lévi-Strauss, e seja em Critique musicale, de Baudelaire, a ênfase sobre a liberdade de escuta do sujeito-espectador permite verificar a eficácia de Literatura e Música associadas pelo reencantamento singular que produz na subjetividade expandida e em constante redescoberta.