{"title":"A Participação Feminina nos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio da Educação Profissional e Tecnológica","authors":"Thamiris Stephane Zangeski Novais Paiva, J. Silva","doi":"10.5753/rbie.2021.29.0.993","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Historicamente, as mulheres foram relegadas ao papel de cuidadoras, reprodutoras e mantenedoras da vida na esfera doméstica. Inclusive, por muito tempo, a educação da mulher foi pautada na incorporação das Ciências relacionadas ao cuidado, em detrimento das Ciências Exatas. Atualmente, estudos demonstram o aumento da escolaridade das mulheres frente aos homens; entretanto, as mulheres continuam sendo minoria em algumas áreas do conhecimento, que, no senso comum, são destinadas aos homens. Deste modo, o objetivo desta pesquisa foi investigar a representação feminina em alguns cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), ofertados pelo Instituto Federal de Mato Grosso – Campus Cuiabá, Cel. Octayde Jorge da Silva, no período de 2010 a 2019. Após definido o lócus do estudo, procedeu-se à coleta de dados, em duas fases. Na primeira, foram angariadas as listagens de matrículas de estudantes dos cursos, no sistema “Q-Acadêmico” do Campus. Na segunda, foram coletados, na Plataforma Nilo Peçanha, os dados referentes à concentração feminina no lócus da pesquisa e nos demais Institutos Federais do Brasil, entre os anos de 2017 e 2019. A partir da análise e discussão dos dados, percebeu-se que a representatividade feminina, nos cursos pesquisados, foi inferior à masculina. Este fato contrapõe outras pesquisas que demonstram que, no Brasil, as matrículas na EPT vêm sendo ocupadas, majoritariamente, por mulheres. Além disso, verificou-se que as taxas de evasão feminina são menores que a masculina e que as taxas de conclusão de curso são maiores. Conclui-se assim, que apesar de as meninas terem maior representatividade na EPT em nível nacional, no recorte desta pesquisa, este fato não se repetiu.","PeriodicalId":383295,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Informática na Educação","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-08-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Informática na Educação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5753/rbie.2021.29.0.993","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Historicamente, as mulheres foram relegadas ao papel de cuidadoras, reprodutoras e mantenedoras da vida na esfera doméstica. Inclusive, por muito tempo, a educação da mulher foi pautada na incorporação das Ciências relacionadas ao cuidado, em detrimento das Ciências Exatas. Atualmente, estudos demonstram o aumento da escolaridade das mulheres frente aos homens; entretanto, as mulheres continuam sendo minoria em algumas áreas do conhecimento, que, no senso comum, são destinadas aos homens. Deste modo, o objetivo desta pesquisa foi investigar a representação feminina em alguns cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), ofertados pelo Instituto Federal de Mato Grosso – Campus Cuiabá, Cel. Octayde Jorge da Silva, no período de 2010 a 2019. Após definido o lócus do estudo, procedeu-se à coleta de dados, em duas fases. Na primeira, foram angariadas as listagens de matrículas de estudantes dos cursos, no sistema “Q-Acadêmico” do Campus. Na segunda, foram coletados, na Plataforma Nilo Peçanha, os dados referentes à concentração feminina no lócus da pesquisa e nos demais Institutos Federais do Brasil, entre os anos de 2017 e 2019. A partir da análise e discussão dos dados, percebeu-se que a representatividade feminina, nos cursos pesquisados, foi inferior à masculina. Este fato contrapõe outras pesquisas que demonstram que, no Brasil, as matrículas na EPT vêm sendo ocupadas, majoritariamente, por mulheres. Além disso, verificou-se que as taxas de evasão feminina são menores que a masculina e que as taxas de conclusão de curso são maiores. Conclui-se assim, que apesar de as meninas terem maior representatividade na EPT em nível nacional, no recorte desta pesquisa, este fato não se repetiu.