{"title":"Inovar-auto: continuação ou ruptura da indústria dependente?","authors":"T. Vargas, G. Pinto","doi":"10.18616/RDSD.V4I2.4922","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O Inovar-Auto foi um programa do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), tendo na presidência executiva Dilma Rousseff (eleita em 2012), com o objetivo, definido na Lei 12.715 de 2012, de promover o desenvolvimento tecnológico no setor automotivo. Pela contemporaneidade do programa, as discussões científicas sobre seus resultados ainda estão em vigor, centradas no desenvolvimento da cadeia automotiva nacional e no atingimento de seu objetivo principal: desenvolvimento tecnológico. Este artigo objetiva discutir oprograma tomando como base de análise a Teoria Marxista da Dependência (TMD). A partir de uma contextualização da industrialização e da indústria dependente, apresenta-se o caso particular da formação da indústria automotiva brasileira. Desse contexto, reflete-se sobre o Inovar-Auto como uma continuação ou uma ruptura de categorias características da indústria dependente. Conclui-se que o programa manteve, de modo geral, um favorecimento às multinacionais e a manutenção do padrão de importação tecnológica, que evidencia a continuidade das estruturas da dependência. Porém, houve uma inovação que aponta para uma ruptura do padrãode dependência: diferente dos demais incentivos públicos históricos ao setor automotivo brasileiro, houve a inclusão do setor de ferramentaria como um favorecido indireto, um setor que mantem suas bases nacionais – força de trabalho, engenharia e desenvolvimento nacionais. Palavras-chave: Inovar-Auto. Indústria Automotiva. Políticas Industriais. Teoria Marxista da Dependência.","PeriodicalId":131007,"journal":{"name":"Desenvolvimento Socioeconômico em Debate","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-02-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Desenvolvimento Socioeconômico em Debate","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18616/RDSD.V4I2.4922","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O Inovar-Auto foi um programa do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), tendo na presidência executiva Dilma Rousseff (eleita em 2012), com o objetivo, definido na Lei 12.715 de 2012, de promover o desenvolvimento tecnológico no setor automotivo. Pela contemporaneidade do programa, as discussões científicas sobre seus resultados ainda estão em vigor, centradas no desenvolvimento da cadeia automotiva nacional e no atingimento de seu objetivo principal: desenvolvimento tecnológico. Este artigo objetiva discutir oprograma tomando como base de análise a Teoria Marxista da Dependência (TMD). A partir de uma contextualização da industrialização e da indústria dependente, apresenta-se o caso particular da formação da indústria automotiva brasileira. Desse contexto, reflete-se sobre o Inovar-Auto como uma continuação ou uma ruptura de categorias características da indústria dependente. Conclui-se que o programa manteve, de modo geral, um favorecimento às multinacionais e a manutenção do padrão de importação tecnológica, que evidencia a continuidade das estruturas da dependência. Porém, houve uma inovação que aponta para uma ruptura do padrãode dependência: diferente dos demais incentivos públicos históricos ao setor automotivo brasileiro, houve a inclusão do setor de ferramentaria como um favorecido indireto, um setor que mantem suas bases nacionais – força de trabalho, engenharia e desenvolvimento nacionais. Palavras-chave: Inovar-Auto. Indústria Automotiva. Políticas Industriais. Teoria Marxista da Dependência.