{"title":"Igualdade para além dos direitos: interseccionalidade e descolonialidade nas reivindicações de mulheres por justiça","authors":"T. A. Kuhnen","doi":"10.51359/2357-9986.2021.249345","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo busca incrementar as discussões sobre igualdade de direitos a partir da configuração de grupos sociais subalternizados nas sociedades, com destaque para as mulheres e os intercruzamentos entre os sistemas de opressão que as afetam. Mesmo em sociedades democráticas, indivíduos pertencentes a grupos sociais oprimidos têm suas vidas precarizadas de maneira estrutural por estarem submetidos a formas de exploração e dominação. As abordagens ecofeministas, por recorrerem à interseccionalidade para compreender o funcionamento da lógica da dominação, e o pensamento descolonial, que reflete sobre as condições existenciais de sujeitos situados no Sul Global a partir do sistema moderno colonial, auxiliam no aprofundamento da compreensão dos limites da estratégia de direitos para suplantar os sistemas de opressão. Reivindica-se a necessidade de uma reconfiguração social a partir do reconhecimento das interdependências entre as formas de vida, ressaltando-se as subjetividades distintas agenciadas pelas mulheres do Sul Global, a fim de construir uma sociedade que priorize práticas de cuidado e de sustentação de todas as vidas concretas.","PeriodicalId":191253,"journal":{"name":"Revista Perspectiva Filosófica - ISSN: 2357-9986","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Perspectiva Filosófica - ISSN: 2357-9986","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2021.249345","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo busca incrementar as discussões sobre igualdade de direitos a partir da configuração de grupos sociais subalternizados nas sociedades, com destaque para as mulheres e os intercruzamentos entre os sistemas de opressão que as afetam. Mesmo em sociedades democráticas, indivíduos pertencentes a grupos sociais oprimidos têm suas vidas precarizadas de maneira estrutural por estarem submetidos a formas de exploração e dominação. As abordagens ecofeministas, por recorrerem à interseccionalidade para compreender o funcionamento da lógica da dominação, e o pensamento descolonial, que reflete sobre as condições existenciais de sujeitos situados no Sul Global a partir do sistema moderno colonial, auxiliam no aprofundamento da compreensão dos limites da estratégia de direitos para suplantar os sistemas de opressão. Reivindica-se a necessidade de uma reconfiguração social a partir do reconhecimento das interdependências entre as formas de vida, ressaltando-se as subjetividades distintas agenciadas pelas mulheres do Sul Global, a fim de construir uma sociedade que priorize práticas de cuidado e de sustentação de todas as vidas concretas.