Bárbara Ferraz Barbosa, Natanael Rodrigues de Souza, Edmy Soza Figueroa
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Abstract
Doenças exantemáticas são um grupo de infecções sistêmicas contagiosas, que possuem manifestações cutâneas como característica principal, sendo o Sarampo e a Rubéola enfermidades de grande incidência no Brasil. Denota-se grande preocupação quanto à primeira por sua alta transmissão, destacando-se no passado por ser uma das principais causas de morbimortalidade infantil.O objetivo do estudo foi verificar a prevalência das enfermidades exantemáticas em crianças e pré-adolescentes do Brasil, no período de 2007 a 2014, analisando particularmente a prevalência do Sarampo no Norte e Nordeste.Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, descritivo realizado por meio dedados secundários do Departamento de Informação em Saúde (DATASUS-TABNET), a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) sobre doenças exantemáticas (Sarampo e Rubéola) no período de 2007 a 2014. Primeiro, foi selecionado todo o Brasil, com filtros para o ano e faixa etária,depois foi analisada a região Norte e Nordeste em relação às notificações de Sarampo em crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, analisando faixa etária de maior prevalência e critério de confirmação.Foram registrados 1.833 casos confirmados de doenças exantemáticas: Sarampo e Rubéola, em crianças e pré-adolescentes de todo o Brasil no período de 2007 a 2014. Sendo o Rio de Janeiro (299), São Paulo (288) e Rio Grande do Sul (233) os estados com maior índice de notificações. Analisando a região Norte e Nordeste do país,quanto à mesma faixa etária e período de tempo, há um total de 759 casos, com alta prevalência nos estados de Paraíba, Pernambuco e Ceará que juntos totalizam 73,6% do total. Em relação ao Sarampo, no Brasil inteiro houve um total de 431 casos, com maior prevalência no Norte e Nordeste com 389 casos confirmados, sendo a região Nordeste responsável por 99,4% do total, os estado de Pernambuco com 46%, seguido do Ceará com 41%.Menores índices foram observados no estado de Roraima com 2 casos, Sergipe e Bahia (1 caso/ano cada). No período indicado, as crianças menores de um ano foram as mais afetadas representando 56%, seguidos de 1-4 anos com 29,5%, a faixa etária de menor afetação compreende 5-9 anos com aproximadamente 6%casos. Segundo o critério de confirmação, o método laboratorial foi o mais utilizado representando 91%, clinico epidemiológico e clinico juntos compreendem a parcela de aproximadamente 7,5%. Conclui-se que há um predomínio nos casos de Rubéola em todo o Brasil, porém quando analisada apenas as regiões Norte e Nordeste, há um aumento nos casos de Sarampo, o que deve-se a diversos fatores, sendo necessário um olhar critico relacionado à uma variação na cobertura vacinal, preconizada e distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde, adjunto a migração de indivíduos não vacinados para o país, assim como aumento do turismo na região de estudo.