{"title":"O perdão na condição humana: breves perspectivas de uma releitura do evangelho em Hanna Arendt","authors":"Hélerson Alves Nogueira, Felipe Silveira da Costa","doi":"10.15603/2175-7747/pf.v10n1p173-193","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objetivo apresentar a noção do perdão que Hannah Arendt desenvolve no capítulo 5 do livro A condição Humana, em especial, no subcapítulo “A irreversibilidade e o poder de perdoar”. Para Arendt, Jesus de Nazaré foi o descobridor do papel do perdão na arena do espaço público. Antes de apresentar os motivos pelos quais Arendt menciona alguns textos do Novo Testamento, será necessário compreender o contexto político que a impulsionou escrever: a descoberta que para os regimes totalitários, os homens são supérfluos. As “fábricas de morte” são laboratórios que tentam modificar a natureza humana. A teologia cristã é requisitada por Arendt para responder uma questão encontrada já nas últimas páginas das Origens do Totalitarismo: Há perdão para qualquer tipo de ação? Há perdão para o que não se pode punir e punição para o que não se pode perdoar? Das páginas do Novo Testamento, Arendt encontra inspiração para refletir sobre tais circunstâncias.","PeriodicalId":102943,"journal":{"name":"Páginas de Filosofia","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Páginas de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v10n1p173-193","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a noção do perdão que Hannah Arendt desenvolve no capítulo 5 do livro A condição Humana, em especial, no subcapítulo “A irreversibilidade e o poder de perdoar”. Para Arendt, Jesus de Nazaré foi o descobridor do papel do perdão na arena do espaço público. Antes de apresentar os motivos pelos quais Arendt menciona alguns textos do Novo Testamento, será necessário compreender o contexto político que a impulsionou escrever: a descoberta que para os regimes totalitários, os homens são supérfluos. As “fábricas de morte” são laboratórios que tentam modificar a natureza humana. A teologia cristã é requisitada por Arendt para responder uma questão encontrada já nas últimas páginas das Origens do Totalitarismo: Há perdão para qualquer tipo de ação? Há perdão para o que não se pode punir e punição para o que não se pode perdoar? Das páginas do Novo Testamento, Arendt encontra inspiração para refletir sobre tais circunstâncias.