GESTÃO DO PATRIMÔNIO E POVOS INDÍGENAS: A NECESSIDADE DE UMA ABORDAGEM INCLUSIVA E INTERCULTURAL

M. Miranda
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Abstract

Os mecanismos de gestão do patrimônio em países anteriormente sob o domínio ocidental tendem ainda a seguir aproximações que ignoram os valores que os povos indígenas atribuem a objetos e sítios arqueológicos nos seus territórios ancestrais. Além disso, estes mecanismos funcionam como uma ferramenta para desvincular as comunidades de participar no processo de proteção e gestão de um patrimônio que reclamam seu, desrespeitando-se assim os seus direitos humanos e coletivos. Com base no exemplo do povo Camëntsá, são apontados alguns dos motivos desse distanciamento e sugerido que uma abordagem colaborativa e intercultural da gestão do patrimônio seja mais adequada, pois está baseada numa compreensão inclusiva do patrimônio e reconhece que não só este é usado como forma de resistência, como também está sujeito à interpretação de diferentes grupos. No caso específico da arqueologia, é necessário expandir os horizontes da disciplina, reconhecendo a relação dos povos indígenas com o passado material, e trabalhar de uma forma em que pesquisadores, comunidades indígenas e instituições governamentais colaborem verdadeiramente.
遗产管理和土著人民:需要采取包容和跨文化办法
以前在西方统治下的国家的遗产管理机制仍然倾向于遵循忽视土著人民对其祖先领土上的物品和考古遗址的价值的方法。此外,这些机制是一种工具,使社区不参与保护和管理他们声称拥有的遗产的进程,从而不尊重他们的人权和集体权利。根据人民的例子凸轮ëntsá,是远离尖锐的部分原因和建议采取协作和跨文化管理的财产是最合适的,因为传统的基于包容理解和承认,这不仅是作为一种抵抗,也受到了不同的解释。在考古学的具体案例中,有必要扩大学科的视野,承认土著人民与物质过去的关系,并以研究人员、土著社区和政府机构真正合作的方式工作。
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